Reinvindicação

Professores da rede pública protestam por aumento salarial

O ato na manhã deste terça-feira (22/2) ocorre uma semana depois do início do ano. Os educadores também protestaram contra a reforma administrativa e militarização nas escolas

Júlia Eleutério
postado em 22/02/2022 11:47 / atualizado em 22/02/2022 12:57
 (crédito: Ed Alves/CB/DA Press)
(crédito: Ed Alves/CB/DA Press)

Sob sol e calor, os professores da rede pública do Distrito Federal se reuniram, na manhã desta terça-feira (22/2), em assembleia geral no estacionamento do Espaço Funarte. Os educadores se mobilizaram para pedir um aumento salarial. De acordo com o sindicato, a categoria está há sete anos sem reajuste salarial. Os educadores também reclamam das turmas superlotadas, dos problemas na contratação de professores temporários, da falta de monitores, deixando o ano letivo de 2022 sem as condições necessárias para iniciar.

Segundo o Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF), que promove a reunião, a categoria também protesta contra a reforma administrativa e implementação de homeschooling (quando o ensino ocorre por meio de estudos domiciliares e a responsabilidade fica a cargo dos pais ou dos professores tutores, envolvendo metodologias próprias), além de militarização das escolas e voucherização do ensino, o que evitaria superlotação das salas de aula, garantindo aos pais matricular os filhos em escolas particulares por conta do governo.

Outra reclamação dos profissionais é sobre a redução do Programa de Descentralização Financeira e Orçamentária (PDAF), ou seja, do envio de verbas às escolas públicas do DF no início do ano letivo, é outro ponto a ser debatido na assembleia geral. A Secretaria de Educação anunciou neste mês o corte de R$ 10 milhões no repasse em relação ao último semestre, valor que, ajustado à inflação atual, corresponde a 20% da verba para aquisição de materiais e equipamentos, assim como para a execução de pequenas reformas.

Ao Correio, o Sinpro-DF informou que as aulas perdidas nesta terça-feira (22/2) serão repostas, não acarretando prejuízo aos alunos. Mais de 600 mil alunos devem ficar sem aula durante o dia de paralisação dos docentes.

Governo

Durante a inauguração das unidades do Centro Interescolar de Línguas (CIL) no Riacho Fundo 1 e 2, na manhã desta segunda-feira (21/2), o governador Ibaneis Rocha (MDB) comentou sobre a paralisação dos professores e destacou que a ameaça de greve tem conotação política.

Após entrega, Ibaneis frisou que a posição de Rosilene Corrêa, diretora do Sinpro-DF, “tem conotação bastante política”. “Em especial por conta da presidente do sindicato já ter se colocado como candidata ao Governo do Distrito Federal. A gente espera que os professores e os educadores não sejam usados por essa vontade política de prejudicar as nossas crianças e os nossos adolescentes”, destacou o governador.

  • Os educadores se mobilizaram para pedir um aumento salarial.
    Os educadores se mobilizaram para pedir um aumento salarial. Ed Alves/CB/DA Press
  • Sob sol e calor, os professores da rede pública do Distrito Federal se reuniram, na manhã desta terça-feira (22/2), em assembleia geral no estacionamento do Espaço Funarte.
    Sob sol e calor, os professores da rede pública do Distrito Federal se reuniram, na manhã desta terça-feira (22/2), em assembleia geral no estacionamento do Espaço Funarte. Ed Alves/CB/DA Press
  • O ato na manhã deste terça-feira (22/2) ocorre uma semana depois do início do ano.
    O ato na manhã deste terça-feira (22/2) ocorre uma semana depois do início do ano. Ed Alves/CB/DA Press

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