CAMPANHA

Ubes lança campanha para distribuição de absorventes na volta às aulas

A campanha #LivresParaMenstruar é uma ação solidárias pela dignidade menstrual. A ideia é arrecadar dinheiro para distribuição de absorventes nas escolas públicas

Maryanna Aguiar*
postado em 19/10/2021 15:38 / atualizado em 19/10/2021 22:22
 (crédito: UBES- Reprodução)
(crédito: UBES- Reprodução)

Após o veto do presidente Jair Messias Bolsonaro (sem partido) ao projeto de lei que prevê a distribuição gratuita de absorventes, a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) cria ação solidária pela dignidade menstrual na volta às aulas. A campanha #LivresParaMenstruar visa arrecadar dinheiro para compra e distribuição de absorventes em escolas públicas.

O projeto foi aprovado no Congresso em setembro e autorizava a distribuição de absorventes para estudantes de baixa renda da rede pública e para mulheres em situação de rua ou de vulnerabilidade social. O projeto visa promover uma estratégia de saúde e atenção à higiene, combatendo a precariedade menstrual – a falta de acesso a produtos de higiene e a outros itens necessários ao período da menstruação feminina.

As colaborações podem ser feitas via PIX: doancao@ubes.org.br, a prestação de contas será divulgada ao final.

Bolsonaro voltou a falar sobre veto

O presidente Jair Bolsonaro voltou a justificar o veto a gratuidade de absorventes nesta segunda-feira (11/10). Ele afirmou que "não pode fazer o que quer com a caneta presidencial" e voltou a dizer que a decisão ocorreu por falta da indicação da fonte de recursos para custear a proposta. O chefe do Executivo chamou o projeto de "auxílio modess" ao falar sobre o assunto a jornalistas e apoiadores no Guarujá, local onde passa o feriado prolongado.

"Você sancionaria o 'auxílio modess'? Responde, você sancionaria ou vetaria? Eu sou escravo das leis, eu não posso sancionar uma coisa se não tiver fonte de recursos. Recairia em crime de responsabilidade, estaria respondendo um impeachment agora", disse.

O projeto é de autoria da deputada federal Marília Arraes (PT-PE). O chefe do Executivo ainda ironizou: "Essa deputada federal podia apresentar um projeto para passar o (salário) mínimo para R$ 10 mil por mês".

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