A Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (Pense) 2019 teceu um perfil importante dos estudantes brasileiros. Dentre eles, o dos alunos do Distrito Federal. De acordo com o estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o perfil dos alunos é de maioria parda (46,4%) e branca (31,8%), com 13,4% de negros, 4,6% de amarelos e 3,6% de indígenas. Entre os escolares de 13 a 17 anos, o índice de alunos com mães com o ensino superior completo é o maior do país.
O número estimado de escolares de 13 a 17 anos frequentando escolas do DF é de 187.279, sendo 75,8% de alunos nas escolas públicas e 24,2% nas privadas. Na faixa etária, grande parte dos estudantes relata ter aparelho celular: 96,9% do ensino privado possui celular. Nas escolas públicas, o índice cai para 87,8%.
Apesar disso, a capital Federal enfrenta seus desafios. Entre as unidades da Federação, a insatisfação com o corpo é a maior do país e 28,9% dos escolares do DF se avaliam insatisfeitos ou muito insatisfeitos. O maior percentual foi entre as mulheres, que representam 40,5% deste índice.
O Pense 2019 aponta que os estudantes das escolas públicas costumam se achar muito magros (33,6%), enquanto os alunos do ensino privado se acham muito gordos (24,5%). Embora 41,6% não tenham alterado as atitudes em relação ao corpo, uma outra parcela recorreu a medidas extremas: 4,8% dos adolescentes vomitaram ou tomaram laxantes para a perda de peso.
Além disso, 23,1% dos escolares entre 13 e 17 anos no DF sentiram que a vida não vale a pena ser vivida na maioria das vezes ou sempre. O percentual de adolescentes que se sentiram muito preocupados com assuntos comuns do dia a dia ultrapassa a metade (58,3%), com o maior percentual entre as unidades da Federação e acima da média do país, de 50,6%.
Cerca de 33,8% dos adolescentes no DF também se sentiram tristes na maioria das vezes ou quase sempre, e 28,8% dos estudantes sentiram que ninguém se preocupava com eles nos 30 dias anteriores à pesquisa.
Outras análises
Os alunos do DF são, também, os que mais usam pílula do dia seguinte. Os dados apontam que 32,5% dos estudantes de 13 a 17 anos de idade já tiveram relação sexual alguma vez. O uso do preservativo foi uma característica de 61,8% dos escolares, caindo para 58,4% se considerado o uso na última relação. A maioria comprou os preservativos em farmácias, mercados ou lojas (42,9%), e 28,6% conseguiu com o parceiro sexual.
Com exceção do preservativo, a pílula anticoncepcional foi o método contraceptivo utilizado pela maioria dos escolares na última relação (44,6%). A vacinação dos estudantes do sexo masculino contra o vírus HPV (Papilomavírus Humano) também é uma preocupação. Em comparação com os outros estados, o DF ficou entre as quatro últimas posições, com 44,1% dos escolares vacinados.
Se tratando do público feminino, o DF ocupou o terceiro lugar da imunização, com 80,8% das escolares imunizadas contra o HPV.
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