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World Boxing Cup: Marcos Brito celebra escolha do Brasil como sede do torneio

Em entrevista ao Correio, presidente da Confederação Brasileira de Boxe (CBBoxe) também avalia momento da modalidade esportiva verde-amarela em meio à troca do órgão responsável pela gestão internacional

Marcos Brito é presidente da confederação nacional desde 2021, e membro do Conselho Executivo da World Boxing desde 2023 -  (crédito: Gabriel Botelho/CB/D.A Press)
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Marcos Brito é presidente da confederação nacional desde 2021, e membro do Conselho Executivo da World Boxing desde 2023 - (crédito: Gabriel Botelho/CB/D.A Press)

Foz do Iguaçu (PR) - “O boxe brasileiro é muito respeitado no mundo inteiro”, avalia o presidente da Confederação Brasileira de Boxe (CBBoxe), o advogado Marcos Brito. Presente no salão de eventos do Rafain Palace Hotel & Convention para acompanhar a primeira etapa da World Boxing Cup, ele avaliou, em entrevista ao Correio, a atual situação da modalidade olímpica brasileira e garantiu ter como objetivo prioritário colocar o boxe do país “no calendário internacional”.

Marcos foi eleito como presidente da confederação nacional em 2021 e é membro do Conselho Executivo desde 2023. De acordo com ele, a inédita competição sediada no Paraná é uma vitrine importante não só para a modalidade verde-amarela em si, mas, também, para explicitar a capacidade do país em receber torneios deste calibre.

“O nível do boxe brasileiro subiu demais. Nós ficamos 40 anos sem nenhum tipo de medalha até, aproximadamente, 2010. A partir daí, pudemos fazer um projeto de capacitação de atletas e treinadores que está trazendo benefícios desde então”, avaliou. "Hoje, o Brasil é respeitado no mundo inteiro, e não apenas isso, solicitada. Países como Uzbequistão e Cazaquistão, que são fortíssimos, gostam de treinar com a seleção Brasileira. O Brasil eleva o nível de treinos e competições”, acrescentou.

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Marcos enxerga a chegada do torneio ao Brasil como obstáculo vencido. Para ele, o que faltava para o recomeço do ciclo Olímpico era, justamente, a realização de um campeonato internacional no país. “Trazer essa turma para cá é o sinal de um novo começo. Antes, íamos para vários lugares e deixávamos todos felizes. Mas, não conseguíamos fazer nada aqui. Desde que eu assumi, o meu foco é colocar o Brasil no calendário internacional”, garantiu.

Vale ressaltar que a presença da modalidade nos Jogos de Los Angeles-2028 esteve ameaçada. Por problemas de corrupção e gestão por parte da International Box Association (IBA), a entidade perdeu o direito de organizar o esporte. Sem uma frente responsável, o Comitê Olímpico Internacional (COI) chegou a avaliar a possibilidade.

No entanto, a entrada em cena da World Boxing possibilitou a recomendação da entidade máxima do esporte olímpico como nova federação internacional. “Essa edição abre o ano do calendário da World Boxing com o atrativo de que a modalidade está de volta ao programa olímpico. Isso para nós é uma grande satisfação, pois a festa é aqui. Estamos trabalhando para demonstrar ao COI que a World Boxing tem a capacidade de manter uma boa gestão para LA-2028 e os Jogos de Brisbane-2032”, complementou.

De volta ao evento em Foz do Iguaçu, o mandatário tratou de defender a escolha pelo local do torneio. De acordo com ele, o hotel elegido facilita a gestão pela abrangência de funções.

"Já fazemos eventos nacionais aqui há alguns anos. O hotel torna tudo mais fácil, já que não é necessária a existência de transporte interno. Então ter o mesmo local para hospedagem, alimentação, treino e competição para os atletas, torna tudo mais fácil. Isso traz no pacote do projeto uma economia financeira. Assim, é possível investir em outras frentes, como nos detalhes que vão compor o espetáculo. O esporte, além de modalidade esportiva, tem que estar apresentável ao espectador”, explicou.

*O repórter viajou a convite da Confederação Brasileira de Boxe (CBBoxe)

postado em 05/04/2025 19:23