BOXE

World Boxing Cup: Brasil conquista primeiro ouro

Com direito a nocaute no último round, Luiz Oliveira, o "Bolinha", sobe ao lugar mais alto do pódio; Kauê Belini fica com a prata

O atleta brasileiro se apresentou à torcida presente no local com muita animação. Ao som de um funk nos altos falantes, entrou no ringue dançando, logo após saudar os apoiadores -  (crédito: Confederação Brasileira de Boxe (CBBoxe))
x
O atleta brasileiro se apresentou à torcida presente no local com muita animação. Ao som de um funk nos altos falantes, entrou no ringue dançando, logo após saudar os apoiadores - (crédito: Confederação Brasileira de Boxe (CBBoxe))

Foz do Iguaçu (PR) - O primeiro sucesso verde-amarelo no World Boxing Cup tomou forma. Na tarde deste sábado (5/5), no ringue do Rafain Palace Hotel, Luiz Oliveira despachou o polonês Pawel Brach com um nocaute e conquistou a primeira medalha de ouro do Brasil na competição. O pugilista natural de São Caetano do Sul, São Paulo, venceu o rival europeu com um impetuoso gancho de direita.

O atleta brasileiro se apresentou à torcida presente no local com muita animação. Ao som de um funk nos altos falantes, entrou no ringue dançando, logo após saudar os apoiadores. O primeiro round, no entanto, não refletiu os bons ares. Com golpes de curta distância, Brach finalizou o primeiro assalto como o preferido dos juízes. Foi melhor para três dos cinco. A parte mental, entretanto, falou mais alto.

Na segunda parcial, virou o embate. A aposta por golpes de maior distância surtiu efeito. Com combinações de fintas rápidas, foi para o terceiro round com a dianteira. Lá, deu a cartada final. Com menos de cinco segundos de início do assalto final, acertou o queixo do adversário. O golpe derrubou Brach, para delírio da torcida.

“O funk fez diferença, sim. Em cada competição, temos a nossa playlist, e essa tá no meu Top 1”, explicou, ao Correio. “Sim, foi tático (o golpe). Estava conversando com os meus técnicos, e percebi que ele estava cansando, enquanto eu estava crescendo. Fui com a faca nos dentes, e consegui”, complementou.

Outros resultados

A outra final com presença do Brasil na primeira bateria de lutas do dia não acabou com o mesmo resultado. O paulista de Rio Claro não foi páreo para o uzbeque Fazlidd Erkinboev. Por decisão unânime, acabou derrotado.

Durante boa parte do embate, viu o adversário somar combos de rápidos golpes, de curta distância. Ainda que tenha conseguido acertar investidas, não foi o preferido dos juízes ao final do embate.

O boxe verde-amarelo também subiu ao pódio em outras duas categorias. No certame em até 48kg, Radja Gama ficou a medalha de bronze. A italiana Giovanna Marchese foi prata, enquanto a argentina Tatiana Flores foi ouro.

Na categoria 75kg, Viviane Pereira também ficou com a medalha de bronze. O Brasil volta ao ringue na parte da noite. Wanderley Pereira, o Holyfield, Jucielen Romeu e Yuri Reis vão tentar mais três medalhas de ouro a favor do time da casa.

Na categoria 90kg, Isaias Filho foi outro a assegurar medalha de bronze. Ele ficou empatado com o indiano Vishal Vishal. O uzbeque Turabek Khabibullaev foi ouro.

*O repórter foi enviado a convite da Confederação Brasileira de Boxe (CBBox)

postado em 05/04/2025 18:48 / atualizado em 05/04/2025 18:48