
O Capital é o primeiro finalista do Candangão 2025. A vitória por 2 x 1 diante do Ceilândia, neste sábado (22), no Estádio JK, carimbou a vaga do Coruja na decisão doméstica pelo segundo ano consecutivo. Mesmo se não vencesse, o time mandante tinha a vantagem da igualdade. Rikelmi e Richardson marcaram a favor do tricolor. Valter Bala fez em nome do Gato Preto.
A maioria dos 2.100 mil apoiadores nas arquibancadas da principal praça esportiva do Paranoá viveu dia de festa. O vice-campeão candango em 2024 terá calendário cheio em 2026: disputará Copa Verde, Copa do Brasil e, no mínimo, Série D. Vale lembrar que, em 2025, também estará em campo pela quarta divisão nacional. O alvinegro, enquanto isso, frustrou as poucas dezenas de fãs. Eliminado, resta somar boas atuações no cenário nacional no restante desta temporada.
Os presentes no Estádio JK presenciaram um confronto de panoramas distintos. Empurrado pelo ritmo da bateria, o Capital começou melhor. Aos 10 minutos, abriu o placar com Rikelmi. Xodó da torcida, o ex-jogador do Botafogo marcou o segundo dele em quatro partidas. Mais ativo após ser vazado, o Ceilândia empatou a partida. Contou com erro da defesa adversária para marcar. Na segunda etapa, Richardson deu a vitória ao finalista.
Agora, o tricolor vive a expectativa por chegar ao título local inédito após o vice no ano passado. Enquanto isso, aguarda pelo desfecho da outra semifinal. Na quarta-feira (26/3), às 19h, Brasiliense e Gama se enfrentam do outro lado da chave. No gramado do Estádio Serejão, o Jacaré precisará reverter desvantagem de três gols. Na partida de ida, no Bezerrão, o Periquito venceu por 3 x 0. A final acontecerá em jogo único, com local ainda a ser confirmado.
O jogo
Desde o princípio do confronto, o Capital se mostrou dominante. Com posse de bola estridente, acumulava chegadas à zona defensiva do adversário. Aos seis minutos, Wallace Pernambucano obrigou Sucuri a fazer difícil defesa com um cabeceio. Aos 13, Rikelmi abriu o placar. De perna esquerda, bateu cruzado após bate-rebate para fazer 1 x 0.
A partir daí, o Ceilândia cresceu. Após ajeitar a marcação defensiva, passou a chegar ao ataque com mais frequência. Aos 17, contou com erro da defesa tricolor para empatar a partida. Uma confusão entre Reynaldo e Richardson deixou a bola nos pés de Valter Bala diante do gol livre: 1 x 1. O primeiro tempo, dominado inicialmente pelo time mandante, foi encerrado com equilíbrio.
A etapa complementar apresentou um Ceilândia ainda mais estridente. Lançado ao ataque, levava perigo. Um bloqueio de Lucas Oliveira, praticamente em cima da linha, salvou o Coruja, que reagiu em seguida. Em cobrança de falta, Lenon colocou a bola na cabeça de Richardson. Além de redimir o erro cometido no gol adversário, a finalização deu a vitória ao Capital: 2 x 1.
"Muita felicidade ter chegado aqui, pois, como eu falo sempre, nada é sorte, é sempre trabalho. Eu trabalho muito. Quem está próximo de mim tem noção. Agora, é ir atrás, para dar a essa torcida o que ela merece", disse Rikelmi, atacante do Capital. "Estou muito feliz e sei que escolhi bem. O projeto me atraiu fortemente. É algo que combina com as minhas ambições. Estamos focados e vamos continuar trabalhando para sermos campeões. Estaremos preparados para enfrentar quem for, inclusive, nas outras competições", acrescentou.
*Estagiário sob a supervisão de Fernando Brito
Ficha técnica
Capital 2 x 1 Ceilândia
Semifinal Candangão 2025 (jogo de volta)
Capital
Reynaldo; Vinicius (Lenon), Richardson, Lucas Oliveira e Mattheus Silva; Felipe Guedes, Rodriguinho e Robert (Maicon); Rikelmi (Mateus Anderson); Wallace Pernambucano (Romarinho) e Deysinho
Técnico: Marcelo Cabo
Gols: Rikelmi e Richardson
Cartões amarelos: Deysinho, Vinicius
Ceilândia
Sucuri; Diego Bolt, Mingoti, Euller e Danillo; Lucas Silva (Menezes), Lagoa (Bambu) e Timbó (Wismann); Nando (Macedo), Felipe Clemente e Valter Bala (Wallace)
Técnico: Adelson de Almeida
Gol: Valter Bala
Cartões amarelos: Lagoa, Diego Bolt, Lucas Silva, Felipe Clemente
Data e hora: Sábado (22/3), às 16h
Onde: Estádio JK, Paranoá (DF)
Árbitro: Marcello Ruda Neves Ramos da Costa
Público: 2.100 pessoas
Renda: R$ 28.100