
Em um momento no qual a posição de lateral no Brasil vem sendo questionada pelos torcedores brasileiros, Dorival convocou pela primeira vez o lateral direito Wesley, do Flamengo,em momento de alta no futebol, para compor a posição na seleção. Estreando na coletiva e com a camisa da amarelinha, o Correio Braziliense questionou o lateral sobre como a fase que está vivendo pode ajudar a seleção brasileira a reviver grandes momentos de laterais ofensivos.
O título conquistado pelo Flamengo, no último domingo (16/3), pela final do Campeonato Carioca, foi o terceiro troféu levantado por Wesley na temporada de 2025. O jogador vem se firmando como principal jogador na posição do futebol brasileiro. Segundo pesquisa feita pelo ‘SofaScore’, o jovem de 21 anos venceu 66 duelos, 19 dribles e liderou as estatísticas na equipe.
Quando questionado sobre a oportunidade de relembrar ao torcedor das boas fases de ofensividade das laterais da seleção, Wesley assente que espera agregar no jogo ofensivo, mas primeiro precisa focar na defesa. “Espero ajudar bastante no jogo ofensivo que hoje é meu forte, mas preciso pensar primeiro em defender. Estamos estudando bastante, a minha equipe está estudando bastante o time da Colômbia, caso eu for titular, pode ajudar bastante”, afirma.
Demonstrando nervosismo na coletiva, o lateral divertiu os repórteres presentes no evento desta tarde. Ainda sem a confirmação sobre a titularidade na partida desta quinta-feira (20/3), contra os colombianos, o lateral direito falou que pede conselhos ao técnico Dorival Júnior e ao ex-zagueiro Juan, atual gerente técnico da seleção, para melhorar na parte defensiva e a ofensiva será apenas consequência.
Além de Wesley, Dorival Júnior convocou mais três jogadores que dividem a posição com o defensor: Vanderson, do Monaco, Guilherme Arana, do Atlético Mineiro, e Alex Sandro, do Flamengo. Após o compromisso com a Colômbia, a seleção visita a Argentina, na próxima terça-feira (25/3), para enfrentar os hermanos, líderes da tabela de classificação para as Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026.
Veja outros pontos da coletiva:
P- Como foi esses primeiros momentos na seleção, primeiro treino e a chegada nesse momento decisivo de eliminatórias?
R- Estou vivendo um sonho de estar vestido essa camisa, que eu sempre almejei. Estou muito feliz, ainda não treinei, só tivemos a parte regenerativa e hoje será o meu primeiro treino com os meus companheiros. Ter o Gerson, Alex e Ortiz aqui é muito bom, passa uma sensação de estar em casa, é muito importante ter companheiro de equipe aqui e as expectativas são as melhores.
P- Caso tenha a oportunidade de entrar em campo, como tentar superar essa dificuldade da falta de entrosamento em campo?
R- Acho que essa pergunta é para o cara errado. Estou chegando agora, se eu tiver a oportunidade, vou tentar me entrosar o mais rápido como já estou fazendo no horário do almoço com todo mundo. Acho que sim, o entrosamento é primordial, como o Bruno falou na coletiva dele, tem jogador do Liverpool, Real Madrid, Arsenal, eles jogam mais contra do que juntos. O pouco tempo de trabalho atrapalha bastante, mas a paciência tem que ter, entrosamento só tem com o tempo. Se esse time estiver entrosado, chega longe.
P- O fato do Brasil chegar pressionado, precisando pontuar, atrapalha o trabalho de vocês, a importância não só de vencer, mas de somar pontos visando a classificação?
R- Acho que todos os jogadores sabem a posição que nós estamos, então todos queremos ganhar, ninguém quer perder. Por ser jogadores que já estão acostumados a jogar Champions League e Premier League, esses jogos grandes são para jogadores grandes. Então vamos para esse jogo com a expectativa de ganhar, conquistar mais três pontos na tabela e enfrentar a Argentina e tomara que nós consigamos esses seis pontos.
P- Com Vanderson, Danilo e Alex Sandro, como você está vendo essa competição pela vaga no time titular?
R- Muito feliz por estar participando dessa competição, disputando posição com o Vanderson, do Monaco, até falei para ele ontem, que em 2021 ele jogava no Grêmio e eu estava na base e falava ‘caramba moleque, você joga demais’ e falava que queria ser igual a ele. Acho que é uma briga sadia, todos os jogadores vêm para cá para serem titulares, para brigarem com o seu companheiro por posição e isso aumenta o nível.
*Estagiária sob a supervisão de Marcos Paulo Lima