
A NFL segue trabalhando em prol de deixar o futebol americano mais seguro para os jogadores e alcançou números importantes sobre o tema na última temporada. A liga divulgou os dados sobre lesões de 2024 e registrou uma queda de 17% no número de concussões sofridas em relação ao ano anterior. Foram 182 casos totais, somando ocorrências em jogos e treinos na pré-temporada e na fase regular, a menor marca desde 2015, quando os episódios começaram a ser contabilizados.
A conquista é resultado de um trabalho da liga em muitas frentes, em especial na maior melhoria de segurança em capacetes usados em campo. Além disso, foi estabelecido um recorde de menos concussões na pré-temporada, com apenas 26 em jogos e 18 em treinos, totalizando 44. Os protocolos de identificação e avaliação de lesão cerebral causada por pancadas na cabeça também seguem sendo aprimorados e os médicos continuam avaliando de 3 a 4 jogadores para cada diagnóstico do problema.
“Hoje é um marco importante, mas não o fim do nosso trabalho. Por meio de equipamentos aprimorados, modificações nas regras e uma mudança cultural contínua, tornaremos o jogo mais seguro e emocionante”, disse Jeff Miller, vice-presidente executivo da NFL que supervisiona a saúde e segurança dos jogadores.
Os 182 casos de concussão reforçam uma queda drástica em comparação ao período entre 2015 e 2019, quando nenhum ano teve menos de 214 ocorrências. A única ocasião em que os números foram inferiores ao da atual temporada foi em 2020, com 172 casos, mas foram quatro jogos a menos por equipe em razão de não ter tido partidas de pré-temporada.
Outro fator que ajudou foi a implementação do kickoff dinâmico. A liga trocou a regra dos chutes que iniciam a partida ou recolocam a bola em jogo. Além de aumentar em 57% o número de retornos e sete deles resultarem em touchdown, maior número desde 2021, a novidade diminuiu a velocidade dos jogadores, amenizando as pancadas.
“Os dados de lesões desta temporada ressaltam o progresso real em nossos esforços para reduzir concussões e distensões nas extremidades inferiores, áreas-chave de foco para a estratégia de redução de lesões da liga. Estamos felizes em ver o foco contínuo nessas lesões valer a pena e, como sempre, usaremos esses dados de lesões para informar e fortalecer ainda mais nossa abordagem de prevenção e redução de lesões durante a offseason”, completou o doutor Allen Sills, diretor médico da NFL.
Essa também foi a primeira temporada em que a liga autorizou o uso do guardian cap (boné guardião, em tradução livre) em jogos. O utensílio, utilizado nos treinos desde 2022, é basicamente uma cobertura de "almofadas" que fica por cima do capacete, oferecendo resistência extra aos impactos e diminuindo o efeito das batidas no cérebro. Segundo a NFL, se dois atletas se chocarem utilizando o aparelho, a força total do choque é reduzida em 20% em relação aos que usam apenas a proteção tradicional.