
Medalhista de ouro na França nos 400m para atletas de baixa visão (Classe T13) em Paris, a brasiliense Rayane Soares vai em busca do sonho de se tornar a segunda brasileira a disputar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos. A primeira foi a mesatenista Bruna Alexandre, que marcou presença nas duas competições em 2024. Para Rayane, a atleta da outra modalidade serviu de inspiração para a possibilidade de estar presente em ambos torneios de Los-Angeles, em 2028.
O desejo de estar presente nas competições ficou visível após o desempenho de Rayane em Paris. A atleta quebrou o recorde mundial da prova, que desde 1995 ninguém havia superado a marca da americana Marla Runyan. A brasiliense completou o percurso em 53s55, enquanto o feito de Marla marcava 54s46. Além da quebra do recorde, Rayane se despediu da capital francesa após subir no lugar mais alto do pódio.
A atuação feita deu para a medalhista a esperança de conquistar uma vaga nos Jogos Olímpicos. Para a velocista, com esforço, treino e dedicação, é possível aperfeiçoar ainda mais a marca de Paris e, quem sabe, brigar por um lugar nas Olimpíadas de 2028. Apenas pouco mais de dois segundos separavam a atleta do índice olímpico para os 400m em Paris, de 50s95. “Sei que no esporte de alto-rendimento, dois segundos parecem uma eternidade, mas confio no meu potencial e acredito que tenho chances de disputar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos”, afirma a atleta.
Visando mais suporte à preparação, Rayane passará a contar com o apoio da Neoenergia na carreira. A atleta foi anunciada como embaixadora do time e contará com o reforço para elevar ainda mais a qualidade dos treinamentos e o foco em futuras competições que visa participar. “Preciso estar 100% focada e mergulhar de corpo e alma nesses próximos três anos”, completa a atleta.
*Estagiária sob supervisão de Victor Parrini