Dois mil e vinte e quatro é a temporada em que os jovens roubaram a cena no tênis. Aos 23 anos, a polonesa Iga Swiatek chegou a liderar o ranking feminino antes de a bielorrussa Aryna Sabalenka assumir a ponta. No masculino, o espanhol Carlos Alcaraz, 21, esteve no topo e hoje observa Jannik Sinner, italiano dois anos mais velho, puxar a fila. Atento ao movimento, o Brasil também coloca um prodígio em evidência. Carioca nascido em 21 de agosto de 2006, João Fonseca se tornou, neste domingo (22/12), o principal jogador sub-20 da modalidade ao conquistar o título do Next Gen Finals após bater o americano Learnen Tien, de virada, 3 sets a 1, parciais de 2/4, 4/3, 4/0 e 4/2.
João Fonseca ainda é o número 145 do mundo, mas tem dois motivos para acreditar na ascensão após o título de ontem no torneio criado em 2017. Na edição de 2019, o atual líder do ranking faturou o título ao derrotar o australiano Alex de Minaur. Dois anos depois, Carlos Alcaraz alcançou a glória pessoal contra o americano Sebastian Korda. João cria raízes e entra em evidência ao se tornar o primeiro sul-americano campeão do Next Gen Finals. Após se classificar para a decisão, o talento das quadras do Brasil comentou sobre estar seguindo os passos dos principais jogadores da atualidade: "Só diz que estou no caminho certo".
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Há uma curiosidade por trás da reunião entre os principais prodígios do tênis masculino: jamais um país conquistou o título duas vezes. Vitorioso com Brandon Nakashima em 2022, os Estados Unidos desperdiçaram a chance. Além de Itália, Espanha, Brasil e EUA, Coreia do Sul, Grécia e Rússia fincaram a bandeira na competição com Chung Hyeon, Stefanos Tsitsipas e Hamad Medjedovic.
"Eu estava muito nervoso antes da partida. Eu sabia que seria muito difícil. Eu já joguei uma final contra o Tien no (US Open) Juniors. Eu não estava jogando o meu melhor no começo, estava muito nervoso", comentou à transmissão. "É simplesmente irreal. Na verdade, agora estou apenas, uau, acabei de conseguir. Estou muito orgulhoso de mim mesmo", acrescentou.
"Foi sensacional. Nadal é uma lenda do esporte. Ele falou umas coisas bem legais sobre trabalhar duro, a experiência e a mentalidade que tem. Acho que isso me inspirou", compartilhou João Fonseca.
O sucesso na Arábia Saudita creditou R$ 3,2 milhões à conta do brasileiro. O montante foi obtido devido à campanha invicta, com cinco vitórias. No primeiro ano como profissional, foram 11 vitórias e sete derrotas no ATP Tour. Durante a temporada, alcançou as quartas de final do Rio Open, venceu uma partida na chave principal do Masters 1000 de Roma e saltou 585 posições no ranking.
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