NBB: Brasília perde para o São Paulo e cai em casa pela segunda vez seguida

Time candango esboça reação no último quarto, vira a partida, mas perde por 85 x 83 para o tricolor paulista

Em desvantagem durante a maioria esmagadora da partida, Brasília teve em mãos a bola do jogo, com dez minutos no relógio, mas falhou em converter a oportunidade

Matheus Maranhão/Brasília Basquete

O Brasília Basquete perdeu para o São Paulo por 85 x 83, ontem, no Ginásio Nilson Nelson, e agora amarga sequência de duas derrotas seguidas em casa na temporada 2024/2025 do Novo Basquete Brasil (NBB).

Até duas rodadas atrás, contra o Paulistano, o representante do Distrito Federal estava invicto em casa, com cinco vitórias. O principal algoz do Brasília na partida foi o armador americano Bennett, autor de 27 pontos, 7 rebotes e duas assistências. Ex-Brasília, o armador Ricardo Fischer foi o principal garçom do jogo, com seis passes decisivos. 

"Foi uma partida complicada, na qual pagamos o preço pelo primeiro tempo ruim. Temos feito isso e precisamos melhorar, parar de ficar correndo atrás do resultado. Tem sido assim e sabemos que podemos ser melhores. Mas, ainda assim, buscamos bem e estivemos a detalhes de vencermos", avaliou Von Haydin, cestinha do Brasília na partida, com 20 pontos.

O Brasília, líder no quesito no torneio, converteu duas. Desligado, perdeu fôlego durante a segunda parcial e viu o adversário criar gordura à frente. Com desvantagem sempre acima de seis pontos, ficou para trás. Empurrado pela torcida ao som de “Brasília! Brasília!” na companhia de um tambor, reagiu. Porém, não teve fôlego para tomar a frente.

"Foi uma partida complicada, onde pagamos o preço pelo primeiro tempo ruim. Temos feito isso e precisamos melhorar, de ficar correndo atrás do resultado. Tem sido assim, e sabemos que podemos ser melhores. Mas ainda assim, buscamos bem, e estivemos a detalhes de vencermos", avaliou Von Haydin.

 

"No fim do jogo, tivemos a bola na mão para vencermos e erramos. Faz parte, bola para a frente. Mas o fato de termos tido a bola nas mãos para decidir é bom, dá sinal de que estamos no caminho certo. Não vamos abaixar a cabeça, pois estamos muito bem no campeonato", complementou o ala brasiliense. 

 

Apesar do tropeço em casa, o Brasília segue na terceira colocação da elite do basquete do país, uma posição acima do São Paulo. Com o primeiro turno encerrado, o time da capital federal segue dependendo apenas de si para se classificar ao mata-mata. Antes da virada do ano, a companhia brasiliense enfrentará dois paulistas. Na sexta-feira, recebe o Franca, às 20h. Dois dias depois, encara o Bauru novamente no Ginásio Nilson Nelson. 

 

O jogo

No princípio, o Brasília mostrava ritmo para fazer frente a um adversário de porte físico expressivo. Os pivôs Faverani e Ansaloni, de 2,12m e 2,11m, respectivamente, davam trabalho ao time candango. Com encaixe defensivo em dificuldades, a equipe mandante não tinha vida fácil para conter os avanços do tricolor. No total, o São Paulo acumulou 68% de sucesso em todos os arremessos que tentou.

Calibrado para as bolas de três, o São Paulo, ao ver o adversário esboçar uma vantagem no placar, reagiu. Os chutes de fora do garrafão vindos de Bennet, Fischer, o ex-Brasília Paulo Lourenço, Coelho e Faverani ditavam guinada à frente.

Com o término da primeira parcial por 30 x 23, a diferença de intensidade entre as equipes passava a falar mais alto na alvorada do segundo quarto. A diferença podia ser vista até mesmo nos rebotes: foram 11 contra sete. Na parcial anterior, o Brasília havia ficado à frente, com seis contra cinco.

Derrotado por 27 x 25, o Brasília voltou do intervalo com indícios de que voltaria a dar trabalho. Liderados por Pedro Mendonça, chegou aos últimos dois minutos da parcial com desvantagem de um ponto, a menor desde o primeiro período. O ala registrou 14 pontos, cestinha do terceiro quarto. Von Haydin, com treze, vinha logo atrás.

O último quarto trouxe emoção. De longe o mais equilibrado na partida, entregou ao torcedor a melhor versão do Brasília na partida. Com direito a toco de Nesbitt e bolas de três consecutivas de Von Haydin e Lucas, o time candango, pela primeira vez na manhã de sábado, dava indícios de que poderia vencer. Com 77 x 75, chegou a virar o placar. Porém, viu o adversário crescer novamente e somar rebotes defensivos. Final de jogo, e vitória são-paulina por 85 x 83. 

*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima