Chegou o fim da novela mexicana e da parceria entre Red Bull e Sergio Pérez. A equipe austríaca oficializou nesta quarta-feira (18/12) o fim do vínculo com o piloto do México após quatro temporadas e dois títulos mundiais de construtores da Fórmula 1. Checo ainda tinha contrato até o final de 2026, mas, segundo o time, as partes decidiram em conjunto pelo término antecipado. A RBR não anunciou o substituto para correr ao lado de Max Verstappen em 2025, porém o nome mais forte é o do neozelandês Liam Lawson, da Racing Bulls.
O veterano de 34 anos somou 90 corridas com a Red Bull, das quais teve cinco vitórias, 29 pódios e três pole positions, além do vice do campeonato de pilotos em 2023. No entanto, Pérez teve dificuldade para acompanhar o companheiro de equipe mesmo com um carro dominante. A diferença para Verstappen ficou ainda maior em 2024, quanto o holandês foi tetracampeão e o mexicano terminou apenas em 8º, sem nenhum triunfo. Por isso, o fim do vínculo é a consumação de um fantasma de uma possível demissão que acompanhou Checo durante a maior parte das últimas duas temporadas, mesmo com a renovação assinada em junho para mais dois anos de contrato.
“Gostaria de agradecer a Checo por tudo o que ele fez pela Red Bull nas últimas quatro temporadas. Desde o momento em que ele entrou, em 2021, ele provou ser um jogador de equipe extraordinário, nos ajudando a ganhar dois títulos de construtores e nosso primeiro 1-2 no campeonato de pilotos. Suas cinco vitórias, todas em circuitos de rua, também foram uma marca espetacular de sua determinação em sempre ir até o limite. Embora Checo não corra pela equipe na próxima temporada, ele sempre será um membro extremamente popular da equipe e uma parte preciosa de nossa história”, disse Christian Horner, chefe de equipe da RBR.
Com a saída da Red Bull, Pérez está com o futuro indefinido na elite do automobilismo. O grid para 2025 está praticamente fechado, restando apenas uma vaga na RB, considerando que um dos pilotos da equipe, Lawson ou Yuki Tsunoda, subam para a RBR. Os cotados para o assento são Isack Hadjar, vice-campeão da F2, e o argentino Franco Colapinto, queridinho da torcida após boas apresentações na Williams. Enquanto isso, para o mexicano, a principal alternativa para seguir no paddock é como reserva em outras garagens, mas sem confirmações até o momento.
“Quatro anos atrás, tive uma oportunidade que mudaria minha vida. Em um momento de confusão e frustração (saída da Racing Point), veio a chance que transformou minha carreira. Logo após minha primeira vitória, me juntei à Red Bull. Cheguei com o sonho de devolver o time aos primeiros lugares e levar a bandeira do meu país ao pódio. Não foi fácil, mas com esforço e determinação chegaram os resultados, fomos campeões, o México cantou com nosso primeiro pódio em casa e conquistamos Mônaco”, disse Pérez em vídeo no Instagram.
“Construímos a história com nossas próprias mãos e hoje chega o momento de agradecer a Red Bull e seguir em frente. Me sinto agradecido e honrado por ter feito parte desta história. No lado pessoal, vou tirar o pé do acelerador pela primeira vez na vida, mas apenas por algumas curvas até ver qual será a próxima aventura”, completou.