Esportes

Inspirado em Belchior, movimento encerra ano de mosaicos inesquecíveis

Um mosaico para fechar 2024 com chave de ouro

Last Dance no Estádio Nilton Santos. O “Movimento Ninguém Ama Como A Gente” encerra, neste domingo (8), um ano de mosaicos e festas inesquecíveis, seja no Colosso do Subúrbio ou onde o Botafogo for bem representado, como Cariacica (ES), Brasília (DF) ou Buenos Aires (ARG). Para colocar um ponto final com chave de ouro, o coletivo que revolucionou a arquibancada do Glorioso foi de “Sujeito de Sorte”, música imortalizada pelo cantor Belchior.

“É a canção que sempre esteve na ponta da língua da torcida alvinegra”, definiu, ao Jogada10, a designer gráfica do movimento, Lara di Mello, poucas horas antes de bola rolar na partida contra o São Paulo.

Na letra, muito popular entre a garotada, Belchior lembra: “Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro”. A frase, de fato, virou um mantra em 2024, principalmente quando o Glorioso foi avançando nas competições e exorcizando fantasmas. É como se o artista estivesse dialogando com cada escolhido e lembrando que a vida segue, apesar das tragédias.

“A organização, desde o planejamento, começa uma semana antes do jogo. Em seguida, dois dias antes, iniciamos a montagem. Contamos sempre com voluntários”, enfatizou Lara.

O mais desafiador para o movimento

Fim de ano é hora de retrospectivas. Entre as figuras da cachorrada, caveiras intimidadoras, a Fênix, o Rio de Janeiro e outros desenhos complexos, um, em especial, deu um orgulho maior no “Movimento Ninguém Ama Como A Gente”. A imagem de um torcedor do Botafogo, com o manto alvinegro e apontando para a Estrela Solitária. O mosaico encheu a torcida de esperança na vitória sobre o Universitario (PER) por 3 a 1, pela fase de grupos da Copa Libertadores.

“A logística, o tempo para arrumá-lo e o horário do jogo, às 19h30, nos atrapalharam. Encontramos dificuldades para ocupar todas as cadeiras. Assim, tivemos que adaptá-lo. Nosso pessoal chegou a tempo e conseguimos contornar a situação. Foi, então, o momento mais desafiador para o movimento”, avaliou a designer.

Mosaico monumental

Na semana passada, a massa alvinegra chocou o mundo do futebol ao colocar mais de 40 mil pessoas no Monumental de Núñez, em Buenos Aires, na final da Libertadores, contra o Atlético-MG. Mais do que isso. Lançou mosaico em um país estrangeiro, uma façanha que nenhuma outra torcida conseguiu. O “improviso” não comprometeu a festa.

“Na Argentina, foi bem complicado. Ficamos muito tempo correndo atrás, vendo como levaríamos nossos materiais para lá e se nosso pessoal chegaria antes. Não tivemos acesso ao estádio um dia antes e tampouco contamos com voluntários. Mas o próprio torcedor, que estava chegando empolgado na arquibancada, comprou nossa ideia e nos ajudou. Eles foram fundamentais para tudo dar certo.

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