Talvez nem o torcedor mais otimista esperasse, mas o Brasília vai terminar o ano em terceiro lugar do NBB e como um dos destaques da temporada do basquete brasileiro ainda com muito por vir. Embalado pela vitória de virada contra Franca, atual tricampeão do NBB, o time candango recebe o Bauru neste domingo (29/12), às 11h, no Nilson Nelson, para encerrar 2024 com chave de ouro e se manter na cola dos líderes Minas e Flamengo. Não haverá transmissão em nenhuma plataforma.
Em lua de mel com a torcida e já tendo a melhor campanha da equipe desde 2017, mesmo com outros 16 jogos ainda pela frente, os representantes do Distrito Federal estão caminhando para terminar a atual edição do NBB com 22 vitórias. O número bruto, desconsiderando o total de partidas, seria a segunda melhor marca do Brasília na história da competição, atrás apenas de 2012/13, quando foram 27 triunfos em 34 confrontos.
Para aumentar a empolgação da torcida, foram seis ocasiões na qual os brasilienses ultrapassaram a casa das 20 vitórias na temporada e em apenas duas delas o time não chegou na final (2012/13 e 2013/14). O placar de 91 x 86 contra o Franca, inclusive, reforça a ideia de que é possível sonhar pelo título contra as equipes mais fortes do campeonato.
“Uma vitória como essa, contra os atuais tricampeões, é uma sensação muito boa. O Brasília é um time muito grande, passou por algumas dificuldades nesses últimos anos, mas a gente está colocando ele de volta onde não deveria ter saído. Vencemos um confronto direto, de terceiro contra o quarto, e sabemos da qualidade do nosso time. Podemos jogar de igual para igual com qualquer um, principalmente em casa. Tivemos duas derrotas nos nossos domínios e não podíamos sofrer outra em sequência. Nós temos que garantir o máximo de vitórias possível por aqui”, conta o ala Pedro Mendonça ao Correio.
Além dos adversários de alto nível que a equipe comandada por Dedé Barbosa enfrentou na última sequência, outro desafio foi a ausência de jogadores importantes. São nove jogos sem Gemadinha, três sem Matheus Bonfim e 15 sem Gui Santos, todos afastados por lesão. Assim, quem está saudável precisa jogar mais minutos por jogo. Pedro, por exemplo, jogou 32 dos 40 minutos contra Franca, enquanto Lucas Lacerda e Daniel Von Haydin ficaram em quadra por mais de 38.
“Se eu falar que (o cansaço) não pesa, estou mentindo. Mas nesses jogos assim, principalmente dentro de casa, o diferencial é de quem quer mais. A gente precisa tirar energia de onde for, ter vontade e defender bem, porque esse é o caminho. Não dá para usar a lesão de três jogadores importantes como muleta. Temos que estar preparados e corresponder enquanto esperamos a volta deles”, reforça o ala.
Até por isso, o foco é ainda maior para fazer bonito dentro de casa e ter cada vez mais a presença da torcida para lotar o Nilson Nelson. O time candango começou a temporada invicto como mandante e tinha uma longa sequência no DF para encerrar o primeiro turno, porém amargou dois reveses no período. Agora, na última partida do ano, o objetivo é dar show para os fãs com as arquibancadas cheias e manter a sintonia para a segunda metade do NBB 2024/25.
“Ter a torcida é importante demais para nós. Foi assim contra o Franca, principalmente na hora que estávamos fazendo nossa reação e não pararam de apoiar por um segundo. Isso é Brasília. Eu sou daqui, eu vi aquele ginásio da Asceb entupido de gente e sei como faz a diferença. Então fica o convite para o jogo de domingo, de manhã, bom para trazer a família e toda a criançada. Vamos corresponder e se Deus quiser fazer uma festa muito bonita aqui”, convida o ala.
Depois da longa sequência em casa, o Brasília terá que embarcar para São Paulo para os próximos dois compromissos da largada em 2025. O primeiro é contra o São José, em 11 de janeiro, às 18h, na Farma Conde Arena, e depois no dia 13, às 20h, contra o Mogi no ginásio Prof. Hugo Ramos. Ambas as partidas não serão transmitidas. Classificada para a Copa Super 8, a equipe candanga estreia no torneio de mata-mata em 25 de janeiro, contra o União Corinthians, no Nilson Nelson.