O futebol do Distrito Federal está de luto. Morreu neste sábado (21/12), aos 70 anos, o ex-goleiro Bocaiúva. Bicampeão candango com a camisa do Sobradinho nas edições de 19985 e de 1986, Irineulir Antônio Fróes ganhou o apelido em referência à terra natal dele, o município mineiro de Bocaiúva, de 48 mil habitantes, localizado a 369km da capital Belo Horizonte.
Em 1986, Bocaiúva virou personagem nacional depois de fechar o gol do Leão na vitória por 1 x 0 contra o Remo-PA, no Pelezão, pelo Campeonato Brasileiro, e foi eleito "Goleiro do Fantástico" no programa dominical da TV Globo. À época, a revista eletrônica elegia o camisa 1 da rodada.
Os familiares, parentes e amigos informam que o velório será neste domingo, das 14h30 às 16h30, na Capela 1 do Cemitério Campo da Boa Esperança. O sepultamento é às 17h.
Antes de brilhar no futebol candango, Bocaiúva passou pelo Cruzeiro. Foi reserva de Raul Plassmann, Nélio e Vítor. Em 1975, foi titular na goleada do time celeste por 4 x 0 contra o São Luís. No ano seguinte, fez parte do elenco campeão da Libertadores.
Bocaiúva também disputou o Brasileiro por Operário-MS, São Cristóvão-RJ, Dispensado pelo Cruzeiro em 1982, veio jogar no Distrito Federal na temporada de 1983. A porta de entrada na capital do país foi o Guará. Ajudou o time na campanha do vice-campeonato ostentando o mérito de goleiro menos vazado do Candangão com média de 0,61 por jogo (28 em 46 jogos).
Antes de fechar com o Sobradinho, Bocaiúva assumiu as traves da Seleção do DF em duelos interestaduais contra Santa Catarina e em um duelo contra a Seleção Brasileira de Novos.
Depois da passagem pelo Guará, acertou com o Sobradinho. Defendeu o Leão da Serra de 1985 a 1987 e fez história. Além de levar o time a dois títulos candangos consecutivos, brilhou nas participações alvinegras nos campeonatos brasileiros de 1985 e de 1986.
Em 14 de setembro de 1986, a exibição de gala contra o Remo o coroou Goleiro do Fantástico na revista eletrônica dominical da TV Globo. Bocaiúva também vestiu a camisa do Taguatinga, retornou ao Guará e trabalhou no Tiradentes. Exerceu as funções de preparador de goleiro e de técnico depois da aposentadoria e foi professor das escolinhas do extinto Defer no período em que o Enciclopédia Nilton Santos era a estrela do projeto.
*Com dados e estatísticas de José Ricardo Caldas (Almanaque do futebol Brasiliense)