Dezembro trouxe para as alunas do Colégio Adventista de Taguatinga a experiência de vivenciar pela primeira vez os Jogos Escolares Sul-Americanos. A trajetória desde o regional até o internacional marcou o bom desempenho da equipe no futsal feminino sub-14. Finalistas em Bucaramanga, na Colômbia, foram vice-campeãs após perderem para a Venezuela em uma final dramática.
Para chegar até a Colômbia, as candangas conquistaram a vaga subindo os degraus. Estrearam na etapa regional de Taguatinga, na qual foram campeãs e ganharam o acesso para o distrital. Nessa fase, disputaram com os campeões de cada regional de ensino e também triunfaram, confirmando a presença nos Jogos Escolares Brasileiros (JEBs 2024), disputado em Recife (PE). O troféu do torneio nacional veio para Brasília e, com o feito, tiveram a honra de representar o Brasil nos Jogos Escolares
Sul-americanos, na Colômbia, pela primeira vez.
Em solo colombiano, o bom desempenho não foi diferente. As representantes do DF chegaram invictas na final após empilharem vitórias contundentes desde a estreia. O primeiro adversário a ficar pelo caminho foi o Peru, com direito a goleada por 7 x 0, e depois Venezuela (4 x 2), Uruguai (3 x 1) e a Colômbia, cujo placar elástico de 6 x 1 carimbou o passaporte para a final.
Na decisão, a revanche contra as venezuelanas parecia encaminhar para o título das garotas da capital federal, que abriram 3 x 0 de vantagem. No entanto, a Venezuela buscou o resultado no tempo normal e, na prorrogação, fez o gol da virada, restando apenas seis segundos para se sagrar campeã.
Ainda assim, nem mesmo o resultado amargo na decisão ofuscou a alegria das brasilienses em vestir as cores do Brasil em um torneio continental. "Nos preparamos muito para a competição. Conquistamos o JEDF, garantimos uma vaga no JEBs, no qual fomos campeãs invictas, chegamos no sul-americano e fomos de cara para a final. Esse foi um feito que ficará sempre na memória. Apesar da derrota dramática na final, foi muito boa a experiência em outro país", contou ao Correio a pivô Rebeca Monteiro, de 13 anos.
A emoção de competir no cenário internacional tomou conta até de quem não entrou em quadra, mas também fez parte da trajetória, como o caso do professor de educação física Marcos Célio Costa. "Na hora que toca o hino nacional e você percebe que está representando o seu país, para mim, caiu a ficha nessa hora. Aí você sente aquele 'algo' diferente que não é igual às outras competições de que você já participou", comentou o professor.
Para Júlia Alves, de 14 anos, o ano foi muito agradável para a equipe. A jovem jogadora diz que, como time, cresceram em questão de maturidade e aponta que foi um pilar que falharam no ano anterior. De despedida da equipe sub-14, conta que realizou muitos sonhos e um deles foi sair do país. "Esse foi o nosso ano, agradeço muito a Deus por todas as oportunidades que Ele nos proporcionou a cada dia. Fizemos uma grande campanha, mas, infelizmente, não saímos com a vitória e sofremos uma derrota amarga para a Venezuela", relatou.
Júlia ainda deixa um recado para todas as meninas que sonham em praticar a modalidade. "É acreditar que tudo vale a pena e confiar no seu potencial. Nunca desistir dos seus objetivos, seguir em frente e sempre lutar pela vitória. Colocar sempre Deus na frente de tudo o que for fazer e sempre estar em oração pelos seus planos", finaliza.
*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima
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