O delegado Tiago Fernando Correia recebeu um convite da CPI das Apostas no Senado para prestar depoimento à comissão. Ele esteve à frente do inquérito policial responsável por apurar eventuais irregularidades na intermediação do contrato – rescindido – entre Corinthians e Vai de Bet. Nesse sentido, tornou-se figura ”indispensável para o esclarecimento do esquema”.
A convocação do delegado determina que o mesmo não só deverá detalhar o feito, mas relatar possíveis interferências na rotina do trabalho. Seja por interesse político ou por limitações de recursos operacionais. O requerimento do senador Izalci Lucas (PL-DF) coloca Tiago Correia como alguém “indispensável para o esclarecimento de um esquema que mistura irregularidades financeiras e possível lavagem de dinheiro”.
A 3ª Delegacia do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC) apura os possíveis crimes de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.
Requerimento
Sem citar nomes de Corinthians e Vai de Bet, o pedido faz referência à investigação ligada ao ‘jogo do Tigrinho’ – com relação à empresa de patrocínio corintiano.
A reunião da CPI também aprovou o requerimento em que o senador Izalci solicita a cópia do inquérito da Polícia Civil. O documento apura eventuais irregularidades no contrato entre as partes.
Corinthians e Vai de Bet
As supostas irregularidades se tornaram debate no Senado Federal por solicitação da senadora Soraya Thronicke, relatora da CPI. A comissão solicitou acesso aos relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e da própria investigação – que tramita em segredo de Justiça.
“O relatório referente à investigação do contrato de patrocínio entre o Corinthians e a empresa Vai de Bet se tornou indispensável para aprofundar a análise de um caso emblemático. O caso envolve suspeitas de lavagem de dinheiro e desvios, destacando as práticas fraudulentas no mercado de apostas e seus impactos no esporte”, afirma a comissão.
O inquérito sobre o contrato tem duas frentes de investigação, sendo a primeira o próprio vínculo entre as partes. Suspeita-se, nesse caso, de desvios em nome de “laranjas”. Já a outra, se baseia em relatórios elaborados pelo Coaf sobre transações envolvendo o empresário ““Fernandin OIG”.
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