Primeira brasileira a disputar Jogos Olímpicos e Paralímpicos no mesmo ciclo, Bruna Alexandre lamentou a saída da Seleção Olímpica de tênis de mesa, nesta quarta-feira (18/12), e ressaltou que viveu um “sonho solo” nos últimos meses.
Por meio de publicação no Instagram, Bruna Alexandre destacou que deixou a equipe a contragosto e que foi informada de que era “apenas” uma atleta paralímpica (veja o pronunciamento completo abaixo).
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Na Olimpíada de Paris, Bruna Alexandre disputou dois jogos da equipe feminina do Brasil nas quartas de final contra a Coreia do Sul. Na Paralimpíada, a catarinense de Criciúma conquistou dois bronzes — categoria individual WS10 (andantes) e duplas WD20, com Danielle Rauen.
Bruna Alexandre é a maior medalhista paralímpica do Brasil no tênis de mesa, com seis pódios. Além dos bronzes em Paris-2024, foi duas vezes terceira colocada na Rio-2016 e vice-campeã e bronze em Tóquio-2020
Em 2023, a mesa-tenista também foi pioneira a se tornar a primeira paralímpica a disputar os Jogos Pan-Americanos, em Santiago, no Chile.
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Biografia
Em junho, antes dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, o Correio apresentou a história de Bruna Alexandre. Aos seis meses de vida, foi submetida à amputação do braço direito por consequência de uma trombose, provocada por uma injeção mal aplicada. A jovem começou no tênis de mesa aos 12 anos, influenciada pelo irmão. Até 2009, competiu em torneios apenas para atletas sem deficiência. Em 2024, tornou-se a primeira atleta paralímpica brasileira convocada para uma edição de Jogos Olímpicos.