Vinícius Júnior foi eleito o melhor jogador do mundo no prêmio Fifa The Best, nesta terça-feira (17/12), e levou para casa o troféu com motivos de sobra para celebrar. Protagonista e voz ativa na luta antirracista, o craque do Real Madrid se tornou o primeiro negro desde Ronaldinho Gaúcho, em 2005, a ser honrado como principal craque do futebol mundial.
Com o resultado, Vini entra no hall seleto de negros a vencer a premiação organizada pela Fifa. Além dele e Ronaldinho, outros brasileiros dominam, com Romário, Rivaldo e Ronaldo Fenômeno. O único de fora do país verde-amarelo é George Weah, da Libéria, que ganhou em 1995.
“Não sei nem por onde eu posso começar. Era tão distante que parecia impossível chegar até aqui. Eu era uma criança que só jogava bola descalço nas ruas de São Gonçalo, perto da pobreza e do crime, então poder chegar aqui é muito importante por mim e pelo que estou fazendo por muitas crianças que acham que tudo é impossível. É algo muito importante para mim“, disse o craque após receber o troféu.
A Fifa entrega o prêmio de melhor do mundo desde 1991, quando o alemão Lothar Matthaus ficou com a honra. No entanto, em 34 edições, apenas 131 jogadores negros terminaram no top-3 da votação. Com exceção dos que venceram, os outros nomes são Roberto Carlos (2º em 1997), Thierry Henry (2º em 2003 e 2004), Samuel Eto’o (3º em 2005), Neymar (3º em 2015 e 2017), Mohamed Salah (3º em 2018 e 2021), Kylian Mbappe (2º em 2022 e 3º em 2023) e Jude Bellingham (3º em 2024). No mais, foram 35 brancos.
Em 2024, inclusive, foi a primeira vez que mais de um negro terminou no top-3, com Vinícius e Jude Bellingham, companheiros de Real Madrid.