Após a eliminação do Botafogo na Copa Intercontinental, uma declaração do zagueiro Alexander Barboza levantou dúvidas sobre a escolha do avião do New England Patriots, time da NFL, como transporte do Glorioso para o Qatar. Além do argentino, outros jogadores também se queixaram do conforto oferecido pela aeronave em relação ao tempo de viagem. As informações são do Uol.
Personalizado, o avião, um Boeing 767-300 ER, possui configuração VIP e é de propriedade da equipe de futebol americano de Robert Kraft. Devido ao nome de seu dono, a aeronave ganhou o apelido de ‘AirKraft’. A concessão ao Botafogo se deu principalmente devido à amizade do empresário com John Textor, proprietário da SAF do Glorioso.
Ele foi adquirido em 2017 (junto com outro avião do mesmo modelo) e tem mais de 30 anos de operação (originalmente pertenciam à American Airlines, companhia aérea americana). Após a compra pelos Patriots, o avião foi todo customizado para atender às necessidades da equipe de New England. Um de seus principais ganhos foi a colocação de assentos premium semelhantes aos de primeira classe doméstica, mudança importante para o porte dos jogadores de futebol americano. Assim, a troca garantiu mais espaço e conforto para a equipe durante longas viagens.
Entre aquisição e personalização, as duas aeronaves custaram aproximadamente US$ 10 milhões (R$ 60 milhões).
Problemas no voo do Botafogo
A viagem da delegação do Botafogo do Rio de Janeiro para Doha durou cerca de 15 horas e contou com uma parada técnica em Rabat, no Marrocos. Enquanto a diretoria ocupou poltronas mais confortáveis, os jogadores ficaram com assentos menos espaçosos. Posteriormente, muitos jogadores se queixaram de cansaço e desconforto no voo.
Assim, a situação como um todo teria gerado irritação no elenco. Segundo relatos, um jogador chegou a deitar no chão do avião para buscar uma posição mais agradável para descansar.
Após a derrota, o zagueiro Barboza falou sobre o impacto da viagem no desempenho dos jogadores contra o Pachuca e criticou o avião escolhido para a ida ao Qatar.
“Muito difícil. O avião era ruim. Não conseguimos viajar da melhor maneira. Chegamos há dois dias e dormimos muito pouco. E estes detalhes custam caro no fim. Não há corpo que aguente. É muto jogo e pouco tempo. Tentamos, brigamos e não conseguimos”, disse, em entrevista à CazéTV.
Férias para o elenco e comissão técnica do Botafogo
Posteriormente à eliminação, os jogadores do Glorioso dão início ao período de férias. A equipe ainda não tem definida uma data de reapresentação. Porém, a estreia no Carioca está marcada para o dia 12 de janeiro, contra o Maricá, no Nilton Santos.
Já o Pachuca encara o Al-Ahly, do Egito, no sábado (14), novamente no Estádio 974. O vencedor pega o Real Madrid na decisão da Copa Intercontinental.
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