O Botafogo inicia sua caminhada na Copa Intercontinental na próxima quarta-feira (11), às 14h, contra o Pachuca do México, no Qatar. Ao contrário do Fogão, que vive o grande momento de sua história, o clube mexicano não vem de uma boa reta final de ano e chega com olhares de desconfiança ao Oriente Médio.
Desconfiança que não foi vista no torneio que classificou o clube para o torneio. No primeiro semestre, os Tuzos conquistaram a Copa dos Campeões da Concacaf, a tradicional Concachampions, com sobras. Sem fase de grupos, o Pachuca entrou nas oitavas de final e eliminou o Philadelphia Union, com uma goleada de 6 a 0 na volta. Depois, passou por Herediano, da Costa Rica, e o América do México na semifinal. Na decisão, em final única, fez três a zero no Columbus Crew.
Porém, a boa atuação vista no torneio continental não apareceu no cenário local. No México, o calendário segue a Europa e há um torneio em cada semestre. No primeiro, o Clausura, foi eliminado nas quartas de final pelo América. Já no segundo semestre, a situação piorou.
Má fase e um mês de intervalo
No Apertura, que ainda está em andamento, os Tuzos terminaram na 16ª colocação de 18 equipes, com apenas 13 pontos conquistados. Um total de apenas três vitórias em todo o torneio. Como não há rebaixamento na liga mexicana, o clube não sofreu riscos, mas ficou a nove pontos de distância do Atlas, décimo colocado, último na zona de classificação para a fase de mata-mata.
Na Leagues Cup, torneio que envolve equipes do México e dos Estados Unidos, o desempenho também não foi bom. O Pachuca até passou pela fase de grupos, com uma vitória nos pênaltis e uma derrota para New York Red Bulls e Toronto, respectivamente. Porém, na segunda fase, saiu para o Tigres.
Com as eliminações e a péssima campanha no Apertura, o Pachuca venceu apenas um dos seus últimos oito jogos. O clube não entra em campo desde o dia 09 de novembro, quando foi derrotado pelo Juárez, no encerramento da primeira fase do Apertura. A partida contra o Botafogo acontecerá 30 dias após o último compromisso.
Um outro sinal de alerta nos mexicanos é com sua defesa. O Pachuca sofreu gol nas suas últimas 17 partidas. No Apertura, os Tuzos não tomaram gols em apenas duas oportunidades. Por outro lado, o Botafogo marcou de forma consecutiva nas suas últimas cinco partidas e pode ter uma vantagem neste ponto.
Destaques para o Botafogo ficar de olho
Para tentar mandar a maré de azar para longe e conseguir um bom retrospecto no Mundial, o Pachuca tem nomes conhecidos em seu elenco. O principal é o atacante Salomón Rondón. O venezuelano, que chegou do River Plate no começo do ano, é o capitão e artilheiro dos Tuzos em 2024, com 25 gols marcados.
Outro destaque que o Botafogo tem que ficar de olho é o marroquino Oussama Idrissi, que está do futebol mexicano desde o ano passado e é o garçom da equipe, com 14 assistências em 2024. Quem também integra o elenco dos Tuzos é o zagueiro Eduardo Bauermann. Suspenso por conta de acusações de apostas, o defensor voltou a atuar no Everton do Chile e está no Pachuca desde o mês passado.
O treinador é o uruguaio Guillermo Almada, que está no Pachuca desde 2021. Por lá, além do título da Concachampions deste ano, foi campeão do Apertura em 2022. Antes disso, teve grande passagem pelo Barcelona de Guayaquil e levou o El Coloso até a semifinal da Libertadores de 2017.
Retrospecto no Mundial
Se contarmos as versões antigas do Mundial de Clubes, essa será a quarta participação do Pachuca no torneio.O time teve seu melhor desempenho em 2017, quando caiu para o Grêmio na semifinal e ficou com a terceira colocação ao derrotar o Al-Jazira. Nas outras vezes em que disputou a competição, terminou em quarto lugar em 2018, e em quinto em 2007 e 2010.
No Super Mundial do ano que vem será adversário de Vini Jr e Neymar. O Pachuca está no Grupo H, junto com Real Madrid, Al-Hilal e Salzburg. Um destaque dos Tuzos no cenário internacional é que o clube é o único mexicano a vencer uma competição da Conmebol, com o título da Sul-Americana de 2006.
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