Mesmo sem dificuldades e com desfalques, o Flamengo venceu o Criciúma por 3 a 0 no Heriberto Hülse, nesta quarta-feira (8), pelo Brasileirão. Contudo, o técnico Filipe Luís não gostou da postura do time para a construção das jogadas e também comentou sobre os pedidos da torcida para o time “entregar” o resultado.
“A proposta foi a mesma: de ser protagonista do jogo e tentar a todo momento agredir o adversário. É verdade que estávamos circulando de uma forma que eu não gosto, um pouco mais lenta a circulação. E acelerando o jogo quando não precisava acelerar. Isso levava o time a ter idas e voltas na bola. O bloco defensivo ficou descompactado nessas idas e voltas, perdas de bola que o time não costuma ter. Isso fez com que o time gerasse um espaço muito grande no meio”, disse.
“O fato de a gente perder a bola não deixou a gente formar nossa estrutura de ataque. Os jogadores não estavam posicionados onde deveriam estar, acabou que o nosso ataque foi um pouco anárquico. Acabamos sendo um Flamengo que eu não gosto”, complementou.
Filipe Luís, aliás, também foi questionado sobre os pedidos de “entregar” o resultado para prejudicar o Fluminense. Contudo, o treinador frisou que não influenciou.
“Não influenciou absolutamente nada, não jogamos para o Fluminense, não jogamos para o Criciúma. Jogamos para a nossa torcida, por nós e pelos nossos valores. Um valor firme que tenho na minha vida é que no futebol você tem que entregar tudo que você tem”, reforçou.
Outros trechos da coletiva de Filipe Luís
Despedida de Gabigol: “Gabi vai ter uma festa de despedida, mas acima da festa está a equipe, temos que tentar vencer o Vitória porque o Maracanã vai estar lotado. Acima de tudo está o jogo. Depois o Gabi vai ter uma grande festa merecida e uma homenagem, a torcida vai brindar todo o carinho que ele recebeu. O próprio Gabi declarou que vai sair, não tem mais mistério. Ciclos se acabam. Filipe Luís foi embora, Pablo Marí foi embora, a geração de 81 se aposentou, a melhor geração e os melhores jogadores de todos os tempos se aposentaram.”
Avaliação do trabalho: “Estou muito feliz com o que eu estou vivendo até agora, os números não enganam, o time está jogando muita bola, e a concorrência está aumentando. E eu amo que eles compitam entre eles, adoro isso, o jogador cresce. Adoro quando o jogador ficar insatisfeito quando não joga e quer jogar. Isso eleva o nível, e nós estamos vendo um grupo extremamente competitivo e todos estão voltando para poderem fazer o time crescer.”
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