Em tempos de revolução provocada pelos arremessos de Stephen Curry, do Golden State Warriors, e de Anthony Edwards, do Minnesota Timberwolves, chama a atenção o aproveitamento do Brasília Basquete em arremessos do perímetro na atual versão do Novo Basquete Brasil. O recurso será uma das principais armas do quarto colocado da competição na tentativa de vencer a sétima seguida diante do Caxias do Sul, às 20h desta quinta-feira (14), fora de casa. A partida não terá transmissão.
Na temporada 2024/2025 do NBB, ninguém converteu mais arremessos de três e possui mais pontos em média por partida do que o Brasília. Com nove jogos disputados, o extraterrestre tem dado aula nas estatísticas. Por enquanto, acumula média de 82.44 por compromisso, e 36 pontos através de tentativas de fora do garrafão. Os dados chamam a atenção se comparados à quantidade de pontos acumulados em chutes de dois pontos. Nesta estatística, o time da capital federal é apenas o 17º colocado. A média é de 27,78 por jogo. A antepenúltima.
É possível dizer que há inspiração em times como o atual líder da Conferência Leste da NBA, Cleveland Cavaliers, e o vice-líder, Boston Celtics, para trilhar o caminho de sucesso até aqui. O campeão norte-americano da temporada passada é quem mais tem pontos marcados em bolas de três: 222. A ex-equipe de LeBron James, em contrapartida, somou mais pontos no total, com 122.4, em média.
Os ala/armadores Gemadinha e Anton Cook, e o ala Daniel Von Haydin, atletas responsáveis pelos números do lado do time do NBB, também têm em quem se inspirar no continente norte-americano. O trio marca presença no top-10 de aproveitamento em batidas de três pontos. Na versão da vez do torneio verde-amarelo, têm tido verdadeiros momentos de Stephen Curry, Anthony Edwards e Larry Nance Jr..
O atleta dos Timberwolves é que mais fez cestas de três, com 58. O último, do Atlanta Hawks, lidera na porcentagem de cestas dessa natureza convertidas: 73.7. O ala do Golden State não figura nas primeiras posições de nenhum dos dois quesitos na atual temporada. É, porém, destaque atemporal no assunto. Ao acertar a cesta de três de número 3.500, se tornou no primeiro na história da liga a atingir o feito.
Questionado pelo Correio sobre a qualidade candanga para definir jogadas de fora do garrafão, o treinador do Brasília Dedé Barbosa explica não haver nenhum segredo por trás dos números. De acordo com ele, a melhora aconteceu simplesmente pela montagem consciente da equipe.
“Entendo como um conjunto de coisas. Nosso crescimento, obviamente, passa pelos atletas contratados, que sempre tiveram bons aproveitamentos durante a carreira. Fazemos um trabalho no dia a dia para impulsionar o rendimento individual de cada um deles. Além do excelente período de pré temporada que tivemos para poder trabalhar a parte física e técnica de toda a equipe”, explicou.
Apesar do impacto das contratações, Dedé também ressalta a importância da confiança dentro de quadra. Sem esse detalhe, a incidência dos números não poderia ser materializada. “Sempre comento com todos: confiança. O basquete é muito mental e elevar a confiança de cada jogador é fundamental para o rendimento coletivo. O segredo é o planejamento, um elenco montado cedo. Sabíamos que uma janela de pré temporada muito bem aproveitada resultaria em bons jogos e atuações consistentes”, acrescentou o técnico carioca.
*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima
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