Somente pessoas com deficiência elegível para o esporte paralímpico poderão ocupar a presidência do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) a partir de 2028. A decisão foi aprovada por unanimidade durante reunião extraordinária neste quarta-feira (12/11).
A medida terá validade na próxima eleição do CPB, prevista para outubro de 2028, após os Jogos Paralímpicos de Los Angeles. Fundada em 1995, a entidade teve dois presidentes com deficiência: Vital Severino Neto (2001-2009) e Mizael Conrado, que encerra os quatro anos de gestão em dezembro.
Em outubro, ex-coordenador de futebol de cegos e presidente da Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV), José Antônio Ferreira Freire, foi eleito ao principal cargo executivo do ciclo até os Jogos de Los Angeles. O ex-velocista Yohansson Nascimento segue como vice da entidade.
Outra mudança importante no CPB diz respeito ao sistema de votação e à criação da Secretaria de Governança e Controles. A partir de 2028, não haverá votações distintas para presidente e vice. Está estabelecido que os candidatos deverão formar chapas.
Então diretor jurídico e de compliance do CPB, Paulo Losinskas assumirá a Secretaria de Governança de Controles. A missão dele é assegurar as boas práticas na entidade e incentivar a replicação das ações no círculo paralímpico.
O CPB comemora um ano histórico após a campanha nos Jogos Paralímpicos de Paris-2024. O país encerrou pela primeira vez entre os cinco melhores do megaevento com 89 medalhas — 25 de ouro, 26 de prata e 38 de bronze. O recorde de conquistas pertencia à participação em Tóquio-2020: 72 e a sétima colocação.