Três atleticanos estão presos desde domingo (10) por crime de lesão corporal de natureza grave contra um torcedor do Flamengo. O rubro-negro, de 50 anos, sofreu traumatismo craniano e múltiplas fraturas em decorrência do ataque na Região da Pampulha, em Belo Horizonte. O caso ocorreu após a vitória carioca sobre o Atlético-MG, na Arena MRV, que culminou no pentacampeonato do clube na Copa do Brasil.
“Nosso advogado esteve na delegacia, e queremos justiça. Ele estava comemorando com nossas filhas, flamenguistas, em um bar. Inclusive, mais cedo, nós levamos a caçula para fazer Enem. Eu sou atleticana, estávamos com nossas camisas e de mãos dadas. Mas, infelizmente, nem todo mundo sabe respeitas a opinião do outro”, disse Veruska de Almeida Xavier Bastani, esposa da vítima, ao G1.
A vítima permanece internada no Hospital Risoleta Tolentino Neves, no bairro Vila Cloris, em Belo Horizonte. Segundo o boletim de ocorrência, o torcedor rubro-negro sofreu traumatismo craniano, lesão no olho e múltiplas fraturas. Não há previsão de alta.
Polícia Civil
A PCMG confirmou, em nota, a prisão em flagrante do grupo de atleticanos por lesão corporal de natureza grave. Os suspeitos prestaram depoimentos e agora permanecem à disposição da Justiça no Ceresp Gameleira, para onde foram encaminhados na última segunda-feira (11).
Atlético-MG x Flamengo
A decisão da Copa do Brasil 2024 ficou marcada por cenas de selvageria dentro e fora da Arena MRV, em Belo Horizonte – cenário oposto ao visto no Rio de Janeiro. Além das imagens aterrorizantes vistas em campo, que deixaram ao menos um profissional da imprensa ferido, a Polícia Militar também teve trabalho pelas ruas da cidade.
O governo do estado informou, em nota, que já requisitou imagens do circuito de segurança da Arena MRV para identificar os responsáveis pelas cenas. A Depatur (Delegacia de Eventos e Proteção ao Turista) está responsável pelas investigações do caso.
De acordo com a Polícia Militar, houve o registro de pelo menos 14 ocorrências de confrontos entre torcedores nas ruas. Cerca de 12 pessoas estão presas desde o último domingo (10).
“O trabalho de inteligência da PCMG terá o apoio do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), que monitora mais 1.300 pontos de BH e da região metropolitana. Além de diversas rodovias do estado, por meio de 80 telas ligadas 24 horas por dia e durante sete dias por semana”, dizia um trecho da nota.
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