Um dos primeiros reforços da era SAF do Botafogo, Victor Sá pegou muita gente de surpresa quando deixou o Mais Tradicional em fevereiro deste ano. Na época, o time alvinegro estava na segunda fase eliminatória da Copa Libertadores, ainda longe da fase de grupos. Em crise, além de perder o seu atacante para o futebol russo, o clube demitiu o técnico Tiago Nunes naquela semana. Em campo, o Glorioso havia empatado com o Aurora (BOL) por 1 a 1, em Cochabamba, levando, novamente, um gol nos acréscimos. Ao Jogada10, o jogador do Krasnodar explicou a opção pela saída. Na sequência, ele também relembrará a passagem pela Estrela Solitária e como se adaptou rápido ao Velho Continente.
“Foram algumas situações que fizeram com que a negociação acontecesse. Foi uma proposta boa para mim e também para o clube, então, todos ficaram satisfeitos”, resumiu Sá, que sempre teve o objetivo de retornar à Europa e nunca escondeu este desejo aos executivos da SAF alvinegra.
De fato, Sá estava há duas semanas balançado com a proposta dos russos. Para o Botafogo, foi a chance de embolsar quase R$ 10 milhões e remontar o elenco que ficaria, na sequência, sob a supervisão do técnico interino Fábio Matias, o antecessor de Artur Jorge. O divórcio tornou-se consenso.
‘Período muito bom na minha carreira’
Sá, no entanto, chamou a atenção de fora por conta de sua performance no Fogão. Ele chegou no fim de março de 2022, quando o clube havia acabado de sair do modelo associativo para o de Sociedade Anônima do Futebol. Ao todo, disputou 93 jogos. Marcou dez gols e ofereceu oito assistências.
“Um período muito bom na minha carreira e na minha vida. Depois de muitos anos jogando fora do Brasil, poder voltar e jogar em uma grande equipe, como o Botafogo, foi algo muito bom. Levo muitas lições e aprendizados neste período. Com certeza, está marcado na minha carreira”, pontuou Sá.
Agora, ao atacante, resta somente torcer, de muito longe, para os ex-companheiros, finalistas da Copa Libertadores e líderes isolados do Campeonato Brasileiro. Sem ressentimentos ao olhar para trás.
“Tenho acompanhado da forma que posso. É difícil assistir aos jogos por conta do fuso horário e da minha rotina aqui na Rússia, mas sempre estou buscando informações, mantenho contato com muitos amigos que estão no clube, então, estou na torcida. Espero que o Botafogo possa conquistar títulos”, aguarda.
Perrengues ‘ajudam’ Sá a viver na Rússia
Aos 30 anos, Victor Sá se reencontrou na Rússia. Por lá, encarou o frio e vai desafiar o rigoroso inverno que se avizinha. Mas não é nenhum peixe fora d’água. Afinal, já passou pela mesma experiência quando defendia o Kapfenberger e o Linz, ambos da Áustria, além do Wolfsburg, da Alemanha. Dentro das quatro linhas, tornou-se uma opção fundamental para o Krasnodar se manter no topo da tabela, em sua busca pelo primeiro título da Premier League daquele país.
“Chegar em um novo país é sempre desafiador, mas, por conta de ter saído muito novo do Brasil, ter passado por alguns perrengues, eu já estava um pouco adaptado. Graças a Deus, consigo ajudar o Krasnodar. Estamos fazendo uma boa campanha. No momento, o meu foco é fazer uma boa temporada.
Com contrato renovado, recentemente, até junho de 2026, o atacante registra três gols e quatro assistências em 16 embates, mantendo as mesmas características da época do Botafogo.
“Estou dentro de campo para ajudar da forma que for. Aqui, na Rússia, não é diferente, eu sempre ajudo os meus companheiros na recomposição defensiva. É uma característica que adquiri jogando na Europa”, lembrou o velocista do Krasnodar.
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