Pela segunda vez consecutiva, o Distrito Federal recebeu, na manhã deste sábado (9/11), a etapa da Copa do Mundo de Triatlo. A largada, que ocorreu na orla da Ponte JK, contou com os principais atletas da modalidade masculina e feminina. Entre os homens, Manoel Messias foi o grande campeão, depois de uma prova finalizada em 54 minutos.
Realizada no formato Sprint, com 750m na natação, 20km de ciclismo e 5km de corrida, a versão brasiliense da competição teve 82 atletas, sendo 17 destes brasileiros. Uma vitória em casa, de fato, sempre é especial. Para Messias, a felicidade de colocar a bandeira do país no pódio é imensa. “É importante que deixemos a vitória aqui, aconteceu com o Miguel Hidalgo ano passado, este ano, consegui vencer. Duas edições, duas vitórias para o Brasil”, acrescenta.
Vencedor da primeira etapa do ano passado, Miguel, desta vez, ficou em 4° lugar. Entre as mulheres, a mexicana Rosamaria Vidal foi a campeã. A brasileira Vittoria Lopes, atleta olímpica em Paris, terminou na 8ª colocação. Feliz com o desempenho, a triatleta ressalta a correria dos últimos meses e a difícil preparação para os campeonatos posteriores aos Jogos Olímpicos, especialmente depois de cair e se lesionar durante a prova realizada na capital francesa.
“Não consegui me preparar como queria, mas estou terminando o ano querendo mais”, acrescenta. Antes de entrar de férias, Vittoria ainda compete em outras duas provas, que também ocorrerão no Brasil. “Nunca terminei um ano tão cansada. Para 2025, quero estar melhor e me manter bem para a corrida olímpica em 2026. Tenho muita vontade, não sei como vai ser, mas acho que ainda tem lenha pra queimar”, finaliza.
Segunda chance
Mais que uma etapa da Copa do Mundo de Triatlo, a prova realizada em Brasília também celebrou a vida. A paulista Luisa de Baptista marcou presença na cidade, ainda que não tenha competido. A triatleta precisou interromper a carreira em dezembro do ano passado, logo depois de ser atropelada e ficar em estado grave. Por 200 dias internada, ela teve de colocar uma prótese no quadril. “O processo de recuperação tem caminhado bem, acima do que todos têm esperado. Memória muscular é um negócio impressionante”, destaca.
De acordo com Luisa, aos poucos, tudo está se encaixando em seu devido lugar. A esperança, claro, é de estar retornando em breve. Entretanto, ainda existem algumas fases a serem concluídas para finalizar a recuperação. “Espero, em 2026, voltar a fazer alguma provinha”, ressalta. Hoje, inclusive, fez uma corrida de leve, em forma de homenagem, ao lado dos competidores brasileiros e até mesmo de outras nacionalidades. Um lembrete do quão longe Luisa chegou e da segunda chance que tem sido aproveitada da melhor maneira.