Renato vai alcançar a marca de 800 jogos pelo Grêmio no embate com o Palmeiras, nesta sexta-feira (08), em duelo pelo Campeonato Brasileiro. A marca leva em consideração suas passagens como treinador e jogador. Em meio a isso, há uma indefinição sobre sua permanência no comando da equipe para a próxima temporada.
Em entrevista ao portal “Gaúcha ZH”, o técnico detalhou essas situações. A respeito do feito expressivo de 800 partidas, ele frisou que há uma reciprocidade entre ele e o clube.
“É difícil até explicar, né? Bater essa marca de jogador e treinador, para mim, acho que aí responde muito o porquê tenho uma estátua no clube. Muito feliz, até porque, além de ter essa marca, se você juntar, são muitas conquistas. Tenho essa marca justamente porque dei muito em troca também. É o que eu falei. A minha estátua fala por si. Porque, como jogador e como treinador, eu conquistei muito”, esclareceu Renato.
Em seguida, o treinador cita a boa convivência com os jogadores pelo seu sucesso no Imortal.
“É muito a ver o ambiente que se cria no grupo. Isso é fundamental. É por isso que abraço o grupo, estou sempre na linha de frente. Pode atirar em mim, mas no meu grupo não vai atirar. Então por isso que muitas vezes, nas entrevistas, eu até exagero. Tenho consciência disso. Justamente para o peso vir pra mim, não pra eles”, justificou o comandante.
Possibilidade de seguir no Grêmio em 2025
O treinador também foi contundente ao afirmar que atualmente seu foco é fazer a pontuação necessária para escapar o rebaixamento. Somente após isso é que passará a pensar em definir o seu futuro.
“Por mim, faria um contrato para o resto da minha vida com o Grêmio. Minha cabeça hoje está voltada para fazer os pontos que precisamos no Brasileirão. Não posso chegar lá para o presidente do clube, para o vice-presidente, para o executivo e para a torcida do Grêmio e dizer: “Eu vou ficar”. Pode ser um desejo meu. Mas aí tem uma decisão de um presidente, de uma diretoria, de um executivo e da torcida”, pontuou Renato.
Posteriormente, ele voltou a ressaltar que clubes da elite do futebol brasileiro fizeram propostas para que deixasse o Grêmio durante a temporada.
“Dois clubes grandes da Série A tentaram me tirar daqui tem uns três meses. Falei para eles, costumo cumprir meu contrato. A não ser que o clube me mande embora. Nas últimas três semanas, quatro clubes da Série A me procuraram. Em uma situação dessa, jamais abandonaria o Grêmio. Jamais. E a situação poderia ser até pior. Só a gente sabe o que passou neste ano. Tanto é que todos os anos sob o meu trabalho brigamos no G4. Esse ano foi atípico, porque não jogamos na Arena”, relatou o técnico.
Comandante admite erros em entrevistas
Renato vem chamando atenção por uma postura mais agressiva nas últimas coletivas. Assim, ele confessou que está falhando neste sentido.
“Reconheço isso, exagerei em algumas entrevistas. Mas ao mesmo tempo, se coloque no meu lugar. Você não tem noção do que eu passo e o que eu mato no peito dentro do clube. E aí chega uma hora que eu vejo muitas vezes, claro que não são todas, mas um ou outro falando besteira. Aí é o momento de descarregar. Estou errado, mas é o momento de descarregar. Você não tem noção do que eu faço nesse clube”, demonstrou sinceridade.
O Grêmio enfrenta o Palmeiras, nesta sexta-feira (08), às 21h30 (de Brasília), no Allianz Parque, em duelo pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro. Um resultado positivo permite os gaúchos respirarem na luta contra o rebaixamento. Afinal, a vantagem para o Z4 é de cinco pontos. O treinador deve seguir com o novo esquema tático e repetir o time titular que enfrentou o Fluminense.
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