SÃO PAULO

Torcedor que levou cabeça de porco a estádio diz ter feito "provocação sadia"

Corintiano, Osni Luiz arremessou uma cabeça de porco no gramado durante clássico entre o alvinegro e o Palmeiras. O porco é o símbolo palmeirense

Cabeça de porco durante partida entre Corinthians e Palmeiras -  (crédito: Reprodução/Premiere)
Cabeça de porco durante partida entre Corinthians e Palmeiras - (crédito: Reprodução/Premiere)

Osni Fernando Luiz, torcedor do Corinthians que arremessou uma cabeça de porco no gramado, durante a partida entre o time alvinegro e o Palmeiras na segunda-feira (4/11) classificou a atitude como uma “provocação sadia” ao time adversário. A escolha de uma cabeça de porco ocorreu porque o animal é o símbolo do Palmeiras.

A fala do torcedor do Corinthians ocorreu em entrevista coletiva, após apresentar-se na Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (6ª Drade), onde foi liberado pelos policiais em seguida.

Na justiça, Osni Luiz não foi indiciado, embora tenha havido tanto um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) para que ele assiansse como um pedido de afastamento dos estádios de futebol. O crime que o corintiano irá pagar será o de provocação e tumulto.

Ideia da cabeça de porco

De acordo com informações do Portal Uol, Osni Luiz detalhou que a ideia inicial não era levar o objeto para o estádio, tampouco arremessá-lo no gramado.

"No primeiro momento, eu levei a cabeça de porco para tirar uma foto no estacionamento, mais nada, por causa de uma brincadeira. Só quis fazer isso. Não quis confrontar alguém. Eu fui no mercadão. Brincando no WhatsApp, falamos que vemos faixa de brincadeiras de sem Mundial, mas falamos que essa brincadeira estava velha demais. Pensamos, então, em ir para a Arena com a cabeça, no estacionamento, e tirar umas fotos. Nisso, eu falei que podia ver no mercadão da Lapa se tinha", disse o corintiano.

Sobre as impressões de que o arremesso da cabeça de porco ao gramado tenha sido um ato de violência, Osni Luiz pediu desculpas pelo ocorrido, mas argumentou que a ideia tratava-se de uma brincadeira. "Não peguei barra de ferro para agredir ninguém, não dei soco. O futebol raiz tem que viver, nos anos 90, todo mundo ia para o jogo junto, brincava com o outro. Hoje chegou em uma proporção que estão acabando com o futebol", protestou.

postado em 06/11/2024 21:24
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