O gol de Alan Kardec, aos 34 do segundo tempo, deixou a decisão da Copa do Brasil absolutamente indefinida, em resultado que o Atlético deve – no mínimo – devolver em Belo Horizonte, quando o Flamengo sofrerá pressão insuportável desde que a bola rolar. Vale destacar que o Rubro-Negro venceu por 3 a 1, mas não fez uma partida brilhante, alternando bons momentos com cansaço e um recuo que vem se tornando habitual, de Tite a Filipe Luís. O Flamengo não consegue manter o ritmo por 90 minutos, e é extremamente vulnerável quando joga para defender, o que mostra o retrato da próxima e última partida do torneio.
Flamengo melhor no primeiro tempo
Os dois times cometeram erros no primeiro tempo. O Atlético tentou repetir a cautela que deu certo em Buenos Aires, no 0 a 0 com o River Plate, e que não funcionou. Afinal, ofereceu espaços em excesso, que foram aproveitados duas vezes pelo adversário. Arrascaeta apanhou rebote de Everson, após chute de Gabriel, logo aos 10 minutos. E o próprio Gabriel fez 2 a 0 aos 38, recebendo passe sutil de Gonzalo Plata, tocando na saída do goleiro. O equívoco do Flamengo? Poderia ter marcado pelo menos três gols, pois a equipe mineira em momento algum acertou a marcação, deixando a impressão de estar pregada no gramado. É evidente, no entanto, que o time carioca jogou mais.
Gabigol
Curiosamente, o Atlético não fez substituições no intervalo, restando saber se as mudanças – necessárias – seriam apenas táticas. É fato que o Rubro-Negro começou tentando pressionar, e o adversário, precisando diminuir a diferença, decidiu ousar. Aos poucos, foi empurrando o anfitrião, que começou – a praga de sempre – a recuar, para garantir a vantagem, e que, diante das circunstâncias em geral, era pequena. O confronto – que será decidido em Belo Horizonte – pedia gols, de lá e de cá.
O Flamengo passou a apostar em contra-ataques, que não surtiam efeito, pois os homens de frente já não conseguiam render. Aos 19, Alcaraz substituiu Arrascaeta. E o Alvinegro, aos 23, mexeu enfim, para ampliar o poder ofensivo, diante do marasmo carioca. Dois a zero era pouco. Até a torcida, um tanto calada, pensava exatamente nisso. Aos 28, Alcaraz foi levando e pôs Gabriel para enfiar, de canhota, 3 a 0. Um achado.
Alan Kardec deixa o Galo vivo
O Atlético voltou a trocar, lançando quatro atacantes, e um deles, Alan Kardec, aproveitou o erro de Léo Ortiz e diminuiu, aos 34: 3 a 1. E começou o desespero do Flamengo, todo recuado, devolvendo a bola ao adversário, o que antecipa desde já o que ocorrerá na MRV Arena, onde o time carioca, teoricamente, não terá força para agüentar.
Está na hora de o Flamengo – como já foi dito aqui várias vezes – providenciar uma renovação completa no clube, da direção à base, em todos os sentidos. A Era 2019-22 já acabou.
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