Vôlei

Praia Clube x Brasília: o repertório estrangeiro do duelo em Uberlândia

Adversários hoje, às 18h30, em Uberlândia, pela Superliga Feminina de Vôlei, Praia Clube e Brasília têm seis jogadoras nascidas fora do Brasil: dá para formar um time com húngara, russa, canadense...

O duelo entre Praia Clube e Brasília Vôlei nesta segunda-feira, às 18h30, no Centro de Treinamento da Prefeitura de Uberlândia (MG), pela segunda rodada da Superliga Feminina, tem um pré-requisito aos fãs: conhecimento de língua estrangeira. As duas equipes contam com jogadoras importadas nos respectivos elencos para o confronto no triângulo mineiro. O SporTV 2 anuncia a transmissão. 

Dá até para formar um time com as seis atletas das duas equipes. Anota aí: Nicole Drewnick (EUA), Panni Petváry (Hungria) e Kate Ferguson (Canadá), todas do Brasília Vôlei; e mais Nia Kai Reed (EUA), Sofya Kuznetsova (Rússia) e Payton Caffrey (EUA) do Praia Clube.

Assim como no Campeonato Brasileiro de futebol, a Superliga feminina carece de atletas em algumas posições e as jogadoras de ligas internacionais entram no radar na tentativa de qualificar os elencos. A Superliga começou com 15 jogadoras nascidas fora do país. Das 12 equipes, sete contam com pelo menos uma com certidão de nascimento estrangeira.

"Isso é uma tendência, mas por razões diferentes", diz ao Correio Braziliense o técnico do Brasília Vôlei, Spencer Lee. "O Praia trouxe duas americanas e uma russa top players para tentar ser campeão. Faltou isso na temporada passada. O Nosso motivo foi outro. Nós não tínhamos atletas no mercado para compor a nossa equipe. A maioria tinha compromissos com outras ligas. Para você ter uma ideia, uma atleta ganha em uma liga peruana cerca de US$ 2.500. Aqui no Brasil, no máximo US$ 1.500. As jogadoras medianas estão buscando outras ligas inferiores à nossa para ganhar dinheiro", lamenta o treinador.

Derrotado pelo Flamengo em Taguatinga na estreia, o Brasília Vôlei investiu nas aquisições da oposta húngara Panni Petváry e da central canadense Kate Ferguson. Ambas são lideradas pelo experiente técnico Spencer Lee. O ex-assistente do Osasco não somente tem experiência no relacionamento com jogadoras internacionais como desfruta de uma tradutora para fazer a ponte com as jogadoras recém-contratadas.

Nascida nos Estados Unidos, a levantadora Nicole Drewnick é filha de pais brasileiros e manda bem no idioma de Camões e no inglês, a língua universal do esporte. Ela ajuda no processo de adaptação das jogadoras à vida na capital do país.

“O convite para jogar em uma liga de vôlei de alto nível como a daqui é uma grande oportunidade. O Brasil e a Superliga são conhecidos mundialmente”, elogiou a canadense Kate Ferguson em setembro ao Correio Braziliense ao desembarcar no Distrito Federal.

Panni Petváry também aceitou rapidamente o desafio de trocar a vida na Europa pelo desafio em solo verde-amarelo. Ela atuava na Grécia antes do sim ao Brasília Vôlei. “Quando recebi a proposta, fiquei muito animada, não questionei minha vinda por um segundo. Assim que me chamaram, queria vir imediatamente”, afirmou à época.

Atual vice-campeão da Superliga Feminina, o Praia Clube tem as estadunidenses Nia Kai Reed (oposta) e Payton Caffrey (ponteira). A também ponteira Sofya Kuznetsova (Rússia) é outra estrangeira no plantel liderado pelo técnico Marcos Miranda. Sucessor de Paulo Coco, o comandante faz parte da comissão técnica de Bernardinho na Seleção Brasileira masculina no papel de supervisor e acumula trabalhos nas seleções do Egito, da Rússia e da Austrália.

Praia Clube e Brasília Vôlei se conhecem bem. Os dois times se enfrentaram na pré-temporada pelo Campeonato Mineiro e pela Copa Brasília com triunfos das atuais vice-campeãs da Superliga Feminina. O time candango perdeu por 3 sets a 1 em Brasília e por 3 sets a 0 em Uberlândia. 

"A expectativa é a melhor possível para esse jogo. A gente ainda tenta usar esses primeiros jogos para que a gente possa se preparar melhor. O Brasília Vôlei e uma equipe em formação. Temos uma longa margem de crescimento. É importante passar por essas provações. A temporada da Superliga Feminina vai ser muito disputada, haja visto os resultados que têm acontecido. Espero ter naquelas partidas pela Copa Brasília e o Mineiro uma qualidade para o nosso crescimento, a nossa evolução", projeta o técnico Spencer Lee. 

Mais Lidas