A postura do Botafogo do primeiro para o segundo tempo foi nítida. Afinal, o Glorioso balançou as redes cinco vezes na etapa final para garantir a goleada sobre o Peñarol, pelo jogo de ida da semifinal da Libertadores. Depois da partida, o técnico Artur Jorge explicou a orientação para os jogadores no intervalo.
“Em primeiro lugar, agradecer e nos dar parabéns. Estamos no meio do percurso para esta final. A primeira etapa foi muito amarrada para as duas equipes. Não tivemos nenhum erro, mas faltou fazer o suficiente para chegar na baliza. Precisamos fazer alguns ajustes no intervalo, pedi que mantivessem a serenidade, que aumentassem um pouco mais a intensidade. Quanto mais ritmo tivesse, mais vantagem para nós, um jogo mais rápido, mais corrido. Conseguimos no segundo tempo libertar os nossos jogadores da segunda linha de ataque e fazer os gols que eram necessários”, afirmou Artur Jorge.
O treinador alvinegro deixou claro que o confronto não está resolvido e reforçou o foco para o jogo de volta, semana que vem, em Montevidéu.
“Fizemos um bom jogo nos 90 minutos, ótimo resultado. Vantagem confortável, mas não é de bom senso pensar que está resolvido. A vantagem dá conforto, mas os 90 minutos vão exigir muito. O que tiramos do jogo é mérito nosso. Fomos capazes de ajustar o que precisava. Alguns posicionamentos, dinâmicas, e a equipe deu uma resposta muito consistente. Não só os que começaram, mas também os que entraram. Foi um resultado e um jogo bem feito para continuarmos até a meta final, que é a decisão da Libertadores”, disse Artur.
Com o resultado, o Glorioso pode perder por até quatro gols de diferença na quarta-feira que vem, no Campeón del Siglo, em Montevidéu. Assim, o time carioca pode encarar Atlético ou River Plate.
Outros trechos da coletiva de Artur Jorge:
Jogo de volta: “Vamos ter um jogo difícil, independentemente do resultado. Considerei essa semifinal com duas boas equipes, estão aqui por mérito, com ambição legítima. Não espero nada menos que a dificuldade que antevia. São duas equipes que estavam com o favoritismo dividido. Cada uma a sua maneira.”
Projeção: “Para nós é importante é chegar na final, independentemente do adversário. Não chegamos lá ainda. Nem nós nem ninguém. É uma vantagem confortável, suamos para conseguir. Tem mais 90 minutos. Mas o que podemos ter como adversário nessa possível final, não é uma questão que crie algum tipo de energia. Queremos fazer o nosso e vencer o próximo jogo no Uruguai.”
Pressão: “Precisamos controlar nossa próprias expectativas. Acho que faltou um pouquinho na primeira parte. Acabou por acontecer mais no segundo tempo. Fazer gols ajuda a equipe a ir se libertando. É um momento de grande responsabilidade, momento histórico para o clube, os jogos mais importantes da história do clube. Temos responsabilidade, mas temos que desfrutar. Aproveitar o momento. Somos privilegiados e responsáveis por passar por isso.”
Chances de jogadores: “As oportunidades são dadas de acordo com a necessidade. Tivemos que mudar o Vitinho que estava desgastado. E também a necessidade de troca do Luiz, que fez um jogo muito bom, mas já estava magoado e sendo provocado. E precisávamos de uma frieza.”
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