Futebol

Botafogo tem noite apoteótica e goleia o Peñarol por 5 a 0 na Libertadores

Botafogo mescla paciência com eficiência para demolir linha defensiva formada pelo Peñarol e golear por 5 x 0. Baile deixa o time alvinegro muito próximo de decidir a Glória Eterna em Buenos Aires

A Libertadores da América testemunhou, na noite desta quarta-feira (23/10), a apresentação de gala deum candidato a conquistá-la pela primeira vez. Na saga em direção ao topo do continente, o Botafogo foi absoluto e castigou toda a tentativa de retrancado Peñarol. Na base da paciência e da eficiência, o Glorioso construiu um expressivo 5 x 0, no estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro, e colocou praticamente os dois pés na decisão no Estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires. O show deu status quase protocolar aos 90 minutos do jogo de volta, marcados para a próxima quarta-feira. 

Antes de a bola rolar, sabia-se: o Peñarol aplicaria toda a retranca e a catimba possíveis para voltar vivo para casa e tentar definir a vaga no Campeón del Siglo, em Montevidéu, na próxima quarta-feira. A tática de retranca fez os uruguaios formarem, até mesmo, uma linha de seis jogadores no sistema defensivo. O modelo deu certo por pouco mais de 45 minutos. Resiliente, o Glorioso desestabilizou os adversários a cada gol construído, com direito a brilho na largada do segundo tempo para, praticamente, assegurar o objetivo de lutar pela Glória Eterna na capital argentina.

A aplicação tática do Peñarol, no entanto, chegou a dificultar a vida dos alvinegros. Repetindo o modelo de jogo adotado na classificação diante do Flamengo, os Carvoeiros deram a bola ao Botafogo e aguardaram os rivais criarem as jogadas. As saídas para contra-atacar eram limitadas e deixavam o objetivo de defender claro. Com dificuldades para trocar passes, o alvinegro teve as melhores oportunidades do primeiro tempo em chutes de fora da área. O melhor saiu dos pés de Luiz Henrique. Porém, isso era pouco para fazer a rede do Nilton Santos balançar. Os 45 minutos, entretanto, serviram de estudo para o técnico Artur Jorge indicar o caminho.

Na volta do intervalo, o Botafogo foi frenético. Em um espaço de oito minutos, o brilho individual gerou belas jogadas coletivas e construiu a vantagem. Primeiro, Luiz Henrique encontrou passe magistral para furar a linha do Peñarol e deixar Savarino na boa para marcar. Pouco depois, Alexander Barboza aproveitou bobeada da zaga uruguaia para pegar sobra de escanteio na área e marcar o segundo. Inspirado, o camisa 10 venezuelano deixou outro dele e o terceiro alvinegro

O clima explodiu o Nilton Santos de alegria. Craque da temporada, Luiz Henrique anotou uma pintura: de cobertura, transformou a semi em baile: 4 x 0. Ainda cabia mais. De cabeça, Igor Jesus ampliou a goleada.

Dinastia

Como o futebol não é uma ciência exata, não é possível garantir a classificação com mais 90 minutos a serem jogados. Mas o tamanho da vantagem alvinegra em direção à Glória Eterna é inegável e Montevidéu, agora, é apenas uma escala em direção a Buenos Aires. No cenário atual, o Atlético-MG se coloca como o rival mais provável na decisão.

O Galo tem três gols de vantagem contra o River Plate. Se tudo sair como esperado para os brasileiros, o futebol nacional emendará a quarta final verde-amarela das últimas seis edições. Isso garantiria o sexto título da Libertadores consecutivo ao país, feito jamais realizado na história do torneio.

Embora a concretização da provável classificação do Botafogo à final da Libertadores da América esteja marcada apenas para a próxima quarta-feira, a noite vivida no estádio Nilton Santos contra o pentacampeão Peñarol jamais será esquecida pela torcida alvinegra. A apresentação ficará marcada como o jogo no qual a estrela solitária reluziu e sorriu para a Glória Eterna.

Se antes os botafoguenses resumiam os passos da trajetória em três finais (as duas semis e uma possível decisão), agora é possível dizer: o caminho praticamente está encurtado para 90 minutos no Monumental de Nuñez.

 

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