Dorival Júnior foi objetivo ao ser questionado sobre a escalação da Seleção Brasileira para o jogo contra o Peru, nesta terça-feira (15/10), às 21h45, no Estádio Mané Garrincha. O dono da prancheta verde-amarela não somente bancou a titularidade dos laterais do futebol francês, Abner e Vanderson, como revelou que esse era um movimento ensaiado.
A equipe que começará o jogo no Mané Garrincha terá Ederson; Vanderson, Marquinhos, Gabriel Magalhães e Abner; Bruno Guimarães, Gerson e Rodrygo; Raphinha, Igor Jesus e Savinho
“Não foram testes, foi definido isso anteriormente à primeira partida. Era uma decisão nossa. O Vanderson tem um poder de ataque interessante, temos de buscar um equilíbrio no setor. A presença do Danilo como um terceiro homem de marcação tem sido importante, um jogardor que tem experiência muito grande e que tem nos ajudado no momento de transição”, explicou.
Outra mudança importante na equipe é a entrada do meio-campista Gerson no lugar de Lucas Paquetá, suspenso. O capitão da Seleção na partida será o zagueiro Marquinhos. “Espero um rendimento satisfatório daqueles que estarão, que tenhamos uma excelente atuação, já que esse é o principal objetivo, buscando o resultado e respeitando muito o adversário”, comentou.
Dorival Júnior se rendeu ao discurso da opinião pública e também reforçou a necessidade de a Seleção vencer e, sobretudo, convencer. “É um processo difícil, um momento complicado, mas temos de ter consciência de que precisamos de algo mais. Temos tentado e buscado isso a todo momento. Tenho a certeza de que não existe ansiedade excessiva, até porque nosso momento não é para isso.”
Embora seja vice-lanterna das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026, o Peru demandará atenção da Seleção Brasileira. Os visitantes desta terça-feira no Mané Garrincha marcaram três gols na competição, todos de bola parada. Das nove vezes que a defesa foi vazada, seis foram pelo alto. “Amanhã, presenciaremos uma equipe do Peru diferente. Teremos um jogo complicado, com homens de muita briga de bola aérea, de jogadas muito fortes com ligações diretas, aproximações de mais, como também o aproveitamento muito bom em bolas paradas. Temos que ter um cuidado especial, alertamos o grupo sobre isso”, avaliou.
Outros trechos da coletiva
Menor ímpeto defensivo?
“Era justamente a função do Danilo na nossa equipe. É essa função que um dos laterais terá de compor. Não vamos alterar essa condição. Alteramos movimento de ataque, amplitudes. Em determinados momentos, temos homens abertos, em outro, eles por dentro. Teremos três homens na contenção. Precisaremos, a todo momento, estar com três homens. Quero os dois volantes ou meias, um pouco mais próximos para serem jogadores de transição de bola e de procura de passe em profundidade. O que fizemos ao longo desse dia foi intensificar esse tipo de trabalho, com infiltração. Tivemos momentos imporantes, e começamos a criar um pouco mais justamente em função de agredirmos mais a última linha adversária. Precisamos fazer o trabalho sujo, que não vinha acontecendo em momento nenhum.”
Contato com a torcida no Gama
“Estamos procurando fazer com que exista uma interação muito maior com o público. Eles estão dando uma resposta positiva, e os torcedores estão percebendo. É um momento no qual os resultados ainda não apareceram, mas é muito positivo. A Seleção precisa do público e o público quer ver a Seleção.”
Líderes
“Infelizmente, aqui, temos a dificuldade de entendermos a condição de um companheiro. O Danilo, para quem não o conhece, é impressionante o quanto nos ajuda. Ontem mesmo, teve uma longa conversa com o Vanderson, a todo momento, está se preocupando. É um time em formação. Não saímos (da Copa) com estrutura. Não é culpa de ninguém. O Casemiro tem consciência desse momento e dessa situação. Tive uma conversa longa com ele, sabe o que penso a respeito disso e, por isso, fico muito tranquilo. Com todos esses jogadores, tive um contato direto e a preocupação de mostrar o por que do ‘sim’ e do ‘não’. A importância de um Marquinhos, de um Ederson, de um Alison, de um Danilo em um processo de transição é fundamental. As pessoas não tem ideia a sustentação que passa pelas presenças.”
Desvalorização da Seleção
“Parece que passam anos e continuamos batendo nas mesmas teclas. Não é desabafo, mas quero o crescimento do futebol brasileiro, mas pisamos no produto que vendemos, e não é só com o futebol. É com todos os produtos, pisamos em tudo que se destaca. É só refletirmos um pouco. É apenas uma colocação daquilo que penso. É uma transição. Estamos buscando que esses craques se fortaleçam e possam ajudar a nossa Seleção”
Potenciais craques
“O que vejo aqui são jogadores promissores, às vezes, criamos expectativas muito grandes. Esses jogadores precisam de um tempo maior para chamarem a responsabilidade na Seleção. Não é um movimento simples e fácil. Quando conseguirmos encontrar equilíbrio, não tenho dúvida de que cresceremos individualmente. O Gérson tem um estilo diferente do Paquetá, em outras se assemelha.”
Vanderson
“O Vanderson é um jogador que se destacou no Grêmio. Sempre percebi nele dificuldade defensiva, mas evoluiu muito nessa ida para a França. É um jogador que vem de uma crescente, assim como outros laterais que foram convocados. Evoluiu muito como profissional e tem totais condições de encontrar um caminho.”
Emocional
“A estabilidade que falo não é emocional, é uma regularidade de atuações. A minha principal preocupação é fazermos um jogo dentro da condição que estamos treinando. Não estamos conseguindo reproduzir em campo o que fazemos em treinamento.”
*Estagiário sob a supervisão de Victor Parrini
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