SELEÇÃO

Torcida se frustra e CBF abre portões no final do treino da Seleção no Gama

Aos gritos de "libera", público fica na bronca após não liberarem entrada do público para acompanhar início da atividade no Bezerrão; entrada foi permitida no final após insistência do lado de fora

O público do Gama precisou insistir muito para no final ser recompensado com a chance de acompanhar um pouco do treino da Seleção Brasileira no Bezerrão, na tarde deste sábado (12/10), no Distrito Federal. Na capital para o compromisso contra o Peru pelas eliminatórias da Copa do Mundo, na terça-feira (15/10), às 21h45, no Mané Garrincha, Dorival Júnior comandou uma atividade com os jogadores no estádio gamense e, após a decisão inicial de não permitir a entrada da torcida, a CBF escutou os gritos de “libera” e autorizou quem permaneceu do lado de fora para subir na arquibancada e espiar um pouco do exercício da Amarelinha.

O cronograma inicial da entidade máxima do futebol brasileiro já previa que o treinamento não teria a presença do público, mas uma informação errada divulgada por algumas emissoras fez a torcida acreditar que a atividade seria aberta. Ainda assim, cerca de 100 pessoas se concentraram nos arredores do estádio durante o começo do trabalho técnico e alguns arriscaram escalar os muros para ver um pouco da Seleção.

“Queria só poder dar uma palavra com o Rodrygo, Paquetá, Gerson. Sou muito fã de futebol, tenho até tatuagem. É frustrante não poder ver a Seleção quando ela visita sua cidade. A gente queria ter esse contato, até para passar força para eles, para entrarem ligados no próximo jogo e jogarem por nós, o povo brasileiro”, reclamou João Vitor Vargas, de 19 anos. “Está faltando muita raça, parece ser algo que se perdeu há muito tempo. Falta mais amor também pelo torcedor, isso precisa melhorar”, acrescentou o amigo Luís Guilherme Pereira, de 17.

Nos prédios que cercam o estádio Valmir Campelo Bezerra, torcedores mais discretos foram até a varanda de casa ver de longe o treino do Brasil. Alguns moradores, inclusive, colocaram bandeiras do país e de times nacionais nas janelas.

Depois de uma série de exercícios em campo reduzido, a CBF convidou o público que permaneceu do lado de fora do Bezerrão para subir na arquibancada e acompanhar alguns minutos do treino. A ideia inicial era permitir apenas os mais novos em razão do Dia das Crianças, mas depois liberaram todos e mais de 300 pessoas viram o Brasil treinar.

Fora do exercício em campo reduzido, Igor Jesus, autor de um dos gols na vitória contra o Chile por 2 x 1, foi um dos que mais recebeu chamados da torcida para fotos. Além dele, o candango Endrick foi quem teve o nome gritado mais vezes, até pelo apelido de “Bobby Charlton”. Na saída do campo, Éderson, Alex Telles, Luís Henrique e Rodrygo também pararam para selfies e autógrafos.

Presença ilustre

Sexto jogador que mais vestiu a camisa da Seleção, com 106 partidas, e capitão na Copa do Mundo de 2010, o zagueiro Lúcio aproveitou para visitar o treino do Brasil no Bezerrão. Cria de Planaltina e com rodagem no futebol candango, vestindo a camisa de Guará, Gama e Brasiliense, o xerife de 46 anos conversou com Dorival e reencontrou o parceiro de zaga nos mundiais de 2006 e 2010, Juan, atual coordenador da Amarelinha.

Arthur Ribeiro/CB/D.A. Press -
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