A SAF é uma realidade no país. Sete dos 20 clubes que disputam a Série A do Brasileiro já migraram para esse modelo de negócio: Atlético-MG, Bahia, Botafogo, Cruzeiro, Cuiabá, Fortaleza e Vasco. Quando falamos de times menores, essa alternativa se torna ainda mais importante, mas pouco atrativa para grandes investidores.
Os clubes menores enfrentam dificuldades financeiras mais intensas, com menos receitas de patrocínios e bilheteria. A criação de uma SAF Coletiva pode abrir novas portas para o investimento, permitindo que esses times tenham acesso a recursos que antes eram inacessíveis. No Brasil, o teto para esse tipo de operação é de R$ 15 milhões.
“Ao dividir a SAF em várias partes, o torcedor pode virar investidor e adquirir uma fração, contribuindo assim para um montante significativo que pode transformar a realidade financeira do clube”, explica Carlos Eduardo Mariani, CEO da Pitch N’Play, plataforma de crowdfunding de investimentos que acaba de chegar ao Brasil.
A ideia de transformar torcedores em sócios-investidores vem ganhando força. Um exemplo bem-sucedido é o Watford. O clube inglês lançou uma campanha de crowdfunding que arrecadou mais de US$ 6,7 milhões, a serem usados em melhorias no time e na infraestrutura. Dessa forma, torcedores se tornaram parte da estrutura do clube, compartilhando não apenas a paixão, mas também os benefícios financeiros de seu sucesso.
“Para os clubes, a vantagem é clara: acesso a uma nova fonte de financiamento que não depende exclusivamente de grandes patrocinadores, empréstimos bancários ou um grande player do mercado. Para os torcedores-investidores, é a possibilidade de fazer parte do clube de uma maneira mais direta e lucrativa”, ressalta Mariani.
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