O técnico Dorival Júnior mantém os pés no chão mesmo após a goleada da Seleção sobre o Peru, pela décima rodada das Eliminatórias para Copa do Mundo. O treinador destacou que não se ilude com o resultado e vai tentar manter regularidade da equipe nos próximos jogos. Além disso, analisou as diferenças do primeiro para o segundo tempo.
“Não me iludo muito com qualquer situação, assim como não me desesperei quando as contestações estavam afloradas. Temos que agir dentro do que observamos, trabalhando no dia a dia. Sempre posicionei sobre o que víamos nos treinamentos, diferentemente do que alcançamos no jogo. Pé no chão, tranquilidade, daqui a pouco vamos dar um passo maior diante do momento que temos”, disse o treinador.
Dorival voltou a falar sobre o processo na Seleção. O treinador destacou que vai ter manter uma regularidade nos resultados, mas reconhece que haverá oscilação nos jogos.
“Temos que ter consciência de que é um grupo em formação, que carece de ajustes. Não adianta eu afirmar que podem ficar tranquilos e teremos esse nível de atuação. A equipe vai oscilar, talvez tenhamos jogos melhores que essa. Não demos uma chance de gol sequer, retomamos a bola rápida. Raras foram as situações em que trocaram um pouco de passes. São pontos positivos. Mas é um processo oscilatório e natural. Eu entendo se tivermos recaída. Vamos trabalhar para que não aconteça, que possamos diminuir essa condição”.
O Brasil, afinal, termina a Data Fifa de outubro com 100% de aproveitamento e pula para quarta posição, com 16 pontos na tabela de classificação, apenas a um gol de saldo do Uruguai, terceiro colocado. Em novembro, o Brasil volta a campo para encarar a Venezuela, fora de casa, e o Uruguai, na Fonte Nova, em Salvador, para fechar o ano.
Outros trechos da coletiva de Dorival
Análise do jogo: “Tivemos no primeiro tempo uma equipe que se defendeu ao extremo e tentamos de todas as formas. O jogo não estava fluindo como deveria e como talvez tenhamos nos preparado. O que eu imagino é que mesmo assim conseguimos um gol importante. Na segunda etapa, a partir do momento do 2 a 0, a equipe adversária se abre um pouco mais e nos deu tudo o que queremos: campo para trabalhar.
Goleada como cobrança: “Não entendo dessa maneira, não coloco assim. Vivemos no nosso país há algum tempo como atleta, auxiliar, outro tempo maior como treinador. Eu sei o que eu enfrentaria, condições que estávamos, o que havia como necessidade e que teríamos dificuldades. Eu falei ao presidente que não seria um mar de rosas, não, essa mudança nesse momento, possível reformulação necessária, respeitando os que aqui estavam e podem estar novamente. Fico feliz de ver a cumplicidade do torcedor novamente, em Curitiba e em Brasília, o carinho que nos passaram. Nos enchem de orgulho para defender a camisa da seleção, para retomarmos o respeito dentro do cenário mundial do futebol.”
Novos laterais: “Queríamos as bolas nos pés de cada jogador, com aproximação se trabalhava na mesma linha, passando comodidade ao adversário. A partir dessa data batemos um pouco mais em cima. Temos que trabalhar coletivamente, às vezes temos necessidade de trabalhos específicos. Trabalhamos muitas infiltrações no CT do Palmeiras, movimentos sujos que dizemos de quem não recebe a bola. Foi nosso maior ganho. Antecipação, chegada, Danilo também teve boa saída no último jogo, por dentro e por fora. Hoje mais ímpeto, natural, equipe se soltando mais.”
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