Sem conseguir fazer os atletas de seu país defenderem suas cores nos Jogos Olímpicos de Paris-2024, o presidente do suspenso Comitê Olímpico Russo (ROC), Stanislav Pozdnyakov, revelou nesta terça-feira que vai renunciar após seis anos no cargo.
Por causa da guerra com a Ucrânia, o Comitê Russo recebeu uma punição que o impede de competir com a bandeira nacional de todos os esportes do planeta. Em Paris, por exemplo, foram apenas 15 russos liberados, como "atletas neutros individuais", sem direito a bandeira ou hino nacional.
Em comunicado oficial no site da ROC, Pozdnyakov anunciou que a renúncia ocorre no próximo mês, em reunião de rotina. Até lá, o medalhista de ouro na esgrima olímpica continua normalmente no trabalho. "Os desafios geopolíticos que o nosso país enfrenta ditam a necessidade de otimização e centralização da gestão de áreas-chave de atividade, incluindo o esporte de elite", disse Pozdnyakov, no comunicado.
"Ao garantir os resultados mais eficazes com o apoio financeiro adequado, a criação e implementação prática de novos formatos de competições de alto nível, bem como a criação de condições de alta qualidade para a formação de futuras gerações de atletas fortes e competitivos, o papel do estado é mais importante hoje do que nunca", seguiu, lamentando não ter conseguido levar uma delegação à Olimpíada durante o mandato.
"Para fortalecer ainda mais o movimento olímpico russo, existem agora pré-requisitos oportunos, incluindo os econômicos, para uma mudança de líder e de equipe", disse. "A este respeito, na próxima reunião, em 7 de novembro, o Comitê Executivo da ROC, tenho certeza, apoiará minha proposta e definirá uma data para a reunião olímpica para a realização de eleições antecipadas da nova liderança do Comitê Olímpico Russo."
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