Eliminatórias

Seleção: A história do gol de Dorival Júnior contra o Gama no Bezerrão

em clima de Brasil x Peru, o dia em que o técnico verde-amarelo acertou cobrança de falta no Bezerrão, calou a torcida do Gama, mas não impediu o acesso do time candango à Série A do Brasileirão

Júnior, como era chamado Dorival nos tempos de jogador, comemora o gol do Botafogo-SP apontando para o céu contra o Gama, no Bezerrão, pela Série B de 1998  -  (crédito: Wanderley Pozzebom/CB.DA Press)
Júnior, como era chamado Dorival nos tempos de jogador, comemora o gol do Botafogo-SP apontando para o céu contra o Gama, no Bezerrão, pela Série B de 1998 - (crédito: Wanderley Pozzebom/CB.DA Press)

Dorival Silvestre Júnior veio a Brasília como jogador, treinador, membro da Autoridade Pública de Governança do Futebol do Ministério do Esporte e desembarcou ontem na capital do país no papel de técnico do Brasil para o duelo de terça-feira contra o Peru, às 21h45, pelas Eliminatórias da Copa de 2026, mas a melhor lembrança do paulista de Araraquara na relação com a capital do país vem dos tempos de boleiro e foi escrita no Bezerrão.

Ex-meia, o comandante da Seleção usava Júnior como nome artístico quando foi ao velho estádio alviverde enfrentar o Gama pelo quadrangular final da Série B de 1998. Tinha 36 anos e deu show. Dorival e era o homem da bola parada do Botafogo de Ribeirão Preto (SP) e foi decisivo naquele 13 de dezembro de 1998 pela quarta rodada do quadrangular final.

""Fiz o gol de empate aí em Brasília. Quadrangular final da Série B em 1998. As duas equipes (Gama e Botafogo-SP) subiram", conta Dorival ao Correio Braziliense." Dorival Júnior, técnico da Seleção Brasileira

Foi uma partida duríssima. O ídolo alviverde Rodrigo Beckham havia aberto o placar aos 11 minutos do primeiro tempo e levou 17.443 torcedores ao êxtase no abarrotado Bezerrão raiz. O Botafogo-SP não demorou a reagir. Júnior, o Dorival pegou a bola depois da marcação de uma falta na intermediária do Gama. O goleiro Marcelo armou a barreira, mas a cobrança do técnico da Seleção foi indefensável. Quando a bola estufou a rede, foi como se alguém tivesse acionado a tecla "mute". Júnior calou parcialmente a fanática torcida alviverde.

A cobrança de falta rasteira de Dorival Júnior acertou o canto esquerdo do goleiro Marcelo: 1 x 1 no velho Bezerrão pelo quadrangular final da Série B de 1998
A cobrança de falta rasteira de Dorival Júnior acertou o canto esquerdo do goleiro Marcelo: 1 x 1 no velho Bezerrão pelo quadrangular final da Série B de 1998 (foto: Wanderley Pozzebom/CB,DA Press)

O lateral-esquerdo Rochinha estava em campo pelo Gama, mas nem a campanha histórica do título na Série B refrescou a memória. "Não lembrava. O Dorival era o Júnior", surpreende-se em entrevista ao Correio. Éramos favoritos naquele dia. Tinha gente até nos refletores do velho Bezerrão. Rapaz, eu tinha todos os jogos gravados em fita VHS, mas perdi tudo. Empatamos em casa, mas tínhamos vencido na casa deles por 2 x 1", lembra um dos heróis do acesso alviverde para a Série A do Campeonato Brasileiro.

Vinte e seis anos depois, o novo Bezerrão, inaugurado em 19 de novembro de 2008 com goleada do Brasil por 6 x 2 contra Portugal será o escritório de Dorival Júnior por dois dias. No palco do gol de falta, ele ensaiará a Seleção hoje e amanhã para o duelo de terça contra o Peru. Na segunda, o reencontro será com o Mané Garrincha, onde perdeu a Supercopa do Brasil em 2020 para o Flamengo como técnico do Athletico-PR. Pertinho do estádio fica a Esplanada dos Ministérios. Dorival foi muitas vezes ao Ministério do Esporte na função de representante dos técnicos de futebol nas reuniões da Autoridade Pública de Governança do Futebol (Apfut).

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postado em 12/10/2024 00:01 / atualizado em 12/10/2024 16:58
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