Não seria de se esperar que o Flamengo, após um ano com as pernas amarradas por Tite e a sua fantasmagórica Comissão Técnica, pudesse fazer uma exibição espetacular. Assim, fez um bom primeiro tempo, envolvendo o adversário, e marcando o gol. Sentiu algum desgaste na fase derradeira, quando encontrou maiores dificuldades. Assim, permitiu que o Corinthians ganhasse fôlego para tentar a igualdade. Não seria absurdo afirmar que a vitória de 1 a 0 foi um ótimo placar pelo que se viu em 90 minutos. Mas também péssimo. Afinal, a vantagem é muito pequena para a partida de volta, em São Paulo.
A desconfiança do torcedor – apesar da estréia de Filipe Luis – ficou evidente no público. Apenas 47 mil pessoas, pois, além do preço alto do ingresso, ainda paira sob a Gávea as asas agourentas do ex-treinador e sua trupe intrépida.
Flamengo 1 a 0
O Corinthians optou pelo jogo defensivo ao longo da primeira meia hora. Assim, facilitou a postura do Flamengo, que alugou o campo adversário e chegou várias vezes, trocando passes, à área alvinegra. Enfim, marcou aos 32 minutos, em chute cruzado de Alex Sandro, à direita, na única falha de Hugo Souza até ali. Na realidade, não fosse o goleiro Hugo Souza, e o time carioca, que ainda costurou em excesso, teria ampliado o placar. Mesmo que o visitante tenha tentado sair em busca do empate. E quase conseguiu, em chute de Garro, para ótima intervenção de Rossi.
A equipe paulista voltou para a etapa derradeira com três substituições e três zagueiros, sacando dois apoiadores, para dificultar o jogo de muitos toques do Flamengo. Mas sem deixar, no entanto, de apostar nos contra-ataques, tanto que logo aos sete minutos o paraguaio Romero acertou a trave. O Rubro-Negro, é fato, continuou tendo espaço, mas não conseguia definir com sucesso. Basta citar como exemplos a cabeçada de Bruno Henrique e a cobrança de falta de La Cruz, ambas no travessão. E, também, oportunidade desperdiçada por Gérson. Livre, aos 17 minutos. Sucesso, no caso, é bola na rede.
O Corinthians parecia conformado com o resultado, mas eventualmente invadia a área adversária. Héctor Hernandez perdeu a grande chance, após demorar excessivamente para marcar. Na sequência, Gabriel fez 2 a 0, mas o gol foi anulado pelo VAR, que provoca sempre confusão – a posição pareceu legal. Aos 30, Filipe Luis lançou Matheus Gonçalves e Michael. Romero, aos 36, escorou e Léo Pereira evitou o empate.
Na reta final
As mudanças – também entraram Plata, Ayrton Lucas e Alcaraz – não melhoraram o Rubro-Negro, que fez um esforço imenso para impedir um gol paulista, pois o time estava efetivamente cansado, como ocorreu em toda a temporada. Não seria absurdo dizer que houve um mínimo de frustração diante de toda a expectativa
E o César Sampaio, hein? Foi embora aplicando a “gestão de minutagem”, mas sem conhecer a Gávea.
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