O Supremo Tribunal Federal (STF) julgará, nesta quinta-feira (3), se Ednaldo Rodrigues será mantido como presidente da CBF. Esta será a sétima vez que o caso é marcado pela Corte. Os magistrados analisarão uma liminar do ministro Gilmar Mendes, em janeiro. Em 2017, o mandatário foi afastado do comando da Confederação Brasileira de Futebol pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Contudo, o dirigente voltou ao poder em 2022 até o julgamento que, enfim, deve acontecer agora, em outubro de 2024.
Ednaldo havia deixado a presidência da CBF por decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). Na ocasião, a Justiça carioca entendeu que a confederação assinou um termo de ajustamento de conduta com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) sem que o órgão tivesse competência para tal. A decisão, então, cancelou o acordo e declarou como inválida a eleição que escolheu Ednaldo Rodrigues.
Assim, um interventor foi designado para comandar a entidade. Contudo, com uma liminar do ministro Gilmar Mendes, Ednaldo e outros dirigentes eleitos pela Assembleia Geral Eleitoral da CBF de 2022 retornaram aos cargos.
O motivo de Ednaldo Rodrigues voltar para o comando da CBF
Gilmar Mendes entendeu que o afastamento “poderia causar danos graves e irreparáveis à coletividade, pois a Fifa não reconhece o interventor nomeado pelo TJ-RJ como representante legítimo da entidade”. No caso, a Seleção Brasileira poderia ficar de fora do torneio pré-olímpico, fundamental para a classificação nas Olimpíadas de Paris, na França. Segundo a alegação do PCdoB, a inscrição da delegação na competição não seria aceita, já que os atos de um presidente interino da CBF não seriam reconhecidos pela Fifa e Conmebol.
Com a liminar expedida, Ednaldo voltou a CBF, e o Brasil foi inscrito. No entanto, a Seleção terminou eliminada no Pré-Olímpico, fazendo com que o país não tivesse representante na modalidade masculina da competição.
Agora, no julgamento desta quinta-feira, Ednaldo Rodrigues vai descobrir se seguirá ou não no comando da CBF. Caso o mandatário seja destituído, a entidade terá que marcar uma nova eleição para a presidência nos próximos 30 dias.
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