A polícia da Itália promoveu a prisão de membros de alguns ultras das torcidas da Internazionale e do Milan, em operação, nesta segunda-feira (30). As detenções ocorreram por acusações de envolvimento com a máfia italiana, principalmente pela condução de práticas lucrativas nos arredores de estádios de futebol.
Assim, as autoridades da Itália promoveram a detenção de 19 pessoas e lideraram diversas buscas no decorrer do que classificou como uma “grande investigação”. A propósito, a responsável por conduzir tal movimento foi a promotoria antimáfia de Milão.
Por comunicado, o promotor de Milão apontou que as averiguações expuseram “a existência de infiltrações criminosas no seio dos ultras com a participação dos principais líderes das associações de torcedores dos dois principais times de futebol de Milão”.
Um integrante da polícia local, aliás, revelou, em conversa com a AFP, que os chefes dos ultras de ambos os clubes de Milão estão entre os presos. Luca Lucci, do Milan, e Renato Bossetti, da Internazionale, eram os alvos. Portanto, os suspeitos correm o risco de receberem extensas condenações de prisão caso sejam considerados culpados, sobretudo pela participação de atividades ilícitas, como extorsão, falsificação e práticas violentas.
Prisões feitas na Itália depois de ação policial
Esta ação policial teve início apenas um mês depois da morte de um ilustre membro ultra da Inter, além de membro da máfia italiana, Antonio Bellocco. A causa da sua morte foi um esfaqueamento no decorrer de uma briga com Andrea Beretta, um dos líderes da Internazionale e antecessores de Renato Bossetti.
Por sinal, a morte de Bellocco evidencia a influência da máfia italiana nos grupos ultras do futebol local. Aliás, os principais atrativos são a revenda ilegal de ingressos, vagas de estacionamento, além de alimentação e tráfico de drogas. Beretta soma diversas condenações por práticas violentas e comercialização ilegal de substâncias ilícitas. A sua promoção na “Curva Norte”, do San Siro, teve início após a morte de Vittorio Boiocchi, em outubro de 2022.
Na ocasião, a imprensa da Itália tornou pública conversas de Boiocchi, em que ele contava vitória por lucrar 80 mil euros mensalmente. Especialmente pelo cargo de chefe dos ultras. As autoridades coletaram as informações através de escutas telefônicas.
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