Uma aparição recente do ex-goleiro Bruno, em liberdade condicional pelo assassinato de Eliza Samúdio, despertou curiosidade sobre seu estilo de vida. O ex-jogador trabalha como entregador de móveis na loja ‘Casa Unamar’ há mais de um ano e, além disso, se tornou CEO de uma loja de açaí na Região dos Lagos do Rio de Janeiro.
Bruno de Souza responde em liberdade condicional, por homicídio e ocultação do cadáver de Eliza Samúdio, desde janeiro de 2023. O ex-goleiro também recebeu condenção pelo sequestro do filho Bruninho, defensor do Botafogo, à época. O caso ocorreu em 2010, quando o ex-jogador ainda defendia o Flamengo.
Agora entregador de móveis, Bruno trabalha em uma empresa na cidade de Rio das Ostras, no litoral norte do Rio. Já a loja de açaí, que tem o ex-goleiro como um dos sócios, funciona na periferia de São Pedro da Aldeia desde 2022.
Entregador de móveis
O assunto voltou à tona na última semana, quando flagraram Bruno descarregando um caminhão em frente à loja, na Rodovia Amaral Peixoto. O ex-goleiro, contudo, já havia feito uma publicação do estabelecimento em suas redes sociais no ano passado – em setembro.
Colegas de trabalho definem Bruno Souza como um funcionário ”pontual” e ”dedicado”. Uma das mulheres se referiu ao ex-goleiro como um trabalhador que está tentando recomeçar a vida.
“Uma pessoa trabalhadora. Nunca nos deu trabalho. Ele está tentando recomeçar sua vida”, disse a funcionária que pediu anonimato ao ‘UOL Esporte’ em entrevista.
Pessoas envolvidas na rotina do ex-goleiro contam que ele passa mais tempo nas ruas, descarregando móveis em cidades vizinhas, do que na unidade. Há todo um ‘cuidado’ para que o trabalho de Bruno ocorra sem muito alarde na região.
“Tem gente que fica olhando e não acredita. Depois que ele vai embora, algumas pessoas perguntam para conferir se é o Bruno mesmo. Algumas coisas viram brincadeira quando você confirma a identidade dele”, contou outro funcionário.
Vida em Rio das Ostras
Comerciantes sabem mais da presença de Bruno na cidade do que moradores, visto que o ex-goleiro tenta manter descrição no novo estilo de vida. A razão vai além do desejo do entregador, mas também pela resistência da população. Um rubro-negro, por exemplo, mostrou-se completamente avesso ao nome do ex-jogador do clube.
“Depois do que ele fez com aquela mulher, eu não tiro foto e nem nada”. A declaração do torcedor do Flamengo, que estava próximo à loja em que Bruno trabalha, ocorreu para o ‘UOL Esporte’. Jovens que brincavam perto do local disseram nunca ter visto o ex-goleiro por lá, mas deixaram claro: “Não se aplica aqui”.
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