Duas figurinhas estrangeiras chegam para estampar o álbum da temporada 2024/25 do Brasília Vôlei. A canadense Kate Ferguson e a húngara Panni Petovary foram anunciadas em agosto pelo clube candango e treinam para a estreia na elite do voleibol brasileiro, em outubro. Os reforços estreiam nesta sexta-feira (20/9) na Copa Brasília, no Ginásio do Sesi. O torneio reunirá, durante o final de semana, o atual campeão da Superliga, Minas, o Praia Clube e o Mackenzie.
Contemporâneas, as jogadoras de 26 anos desembarcaram no DF com bagagens diferentes. A central canadense atuou na temporada passada no Lemesos, do Chipre. Com experiência na Europa e no Oriente Médio, Kate Ferguson conquistou o terceiro lugar em ligas nacionais pelas três equipes nas quais passou. Mesmo com um rastro de bons resultados, ela aguarda o desafio no Brasil com animação.
“O convite para jogar em uma liga de vôlei de alto nível como a daqui é uma grande oportunidade. O Brasil e a Superliga são conhecidos mundialmente”, elogia a canadense ao Correio.
Kate estreou na Liga Universitária do Canadá, em 2016, pela Universidade de Western Ontario, a 955km da cidade natal, Toronto. A estatura de 1,91m a levou longe. Em 2021, foi contratada pelo clube sueco Engelholm VS, onde permaneceu por uma temporada antes de ir para o VBC Cheseaux, da Suíça, no qual ficou pela mesma quantidade de tempo até se transferir para Limassol, cidade cipriota.
Dezessete dias depois da chegada de Kate, Panni Petovary fechou a dupla de estrangeiras do Brasília Vôlei. Ela descreve a decisão da vinda para o Brasil como algo fácil. “Quando recebi a proposta, fiquei muito animada, não questionei minha vinda por um segundo. Assim que me chamaram, queria vir imediatamente”, conta.
Panni teve rodagem maior no país natal antes de explorar outros territórios. A oposta iniciou a carreira nas quadras pelo MTK Budapeste, em 2014. O período no clube de revelação durou três anos, até que ela se desapegou das raízes da capital e da cidade onde nasceu. Entre 2017 e 2022, ela passou por outros três times húngaros.
A proposta que a fez dizer “até logo” à Hungria partiu do AO Aigaleo, da Grécia. A primeira campanha como estrangeira não foi das melhores: 11ª colocação. Entretanto, abriu portas para ela ficar conhecida no país. Em 2023, seguiu para o ASP Thetis. Após meia temporada, competiu em mais um país antes de deixar marca na liga brasileira. Em fevereiro, ela foi anunciada pelo Pays d’Aix Venelles, da França.
Em reta final de aquecimento para a partida contra o Dentil/ Praia Clube, pela primeira rodada da Copa Brasília, Kate e Panni descrevem os sentimentos em relação às estreias como uma mistura de confiança no preparo e empolgação. “Definitivamente, vai ser diferente do que já jogamos aqui até agora, mas com um passo de cada vez evoluiremos. Acredito que vai nos dar uma ideia melhor sobre o vôlei aqui e saber onde estamos em relação à equipe. Para mim, o timing está excelente”, avalia a húngara.
“Não vejo a hora de poder enfrentar os grandes times e principalmente dividir a quadra com a Thaísa, ela é fantástica”, completa a norte-americana. Kate especificou que está animada para enfrentar o Sesc/Flamengo por ter outras jogadoras canadenses na equipe.
* Estagiária sob a supervisão de Marcos Paulo Lima