ESPORTES OLÍMPICOS

Caixa Econômica investirá R$ 160 milhões no esporte olímpico até 2028

Instituição Financeira anuncia nesta terça-feira (17/9) patrocínio ao Comitê Olímpico do Brasil para o ciclo até a Olimpíada de Los Angeles

A Caixa Econômica Federal reforçou o incentivo ao esporte brasileiro com o anúncio do patrocínio ao Comitê Olímpico do Brasil (COB). Uma cerimônia na manhã desta terça-feira (17/9) celebrou o acordo até os Jogos Olímpicos de Los-Angeles, em 2028.  

A operação prevê repasses de R$ 160 milhões pelos próximos quatro anos. A maior parte do valor, R$ 120 milhões, será aplicado diretamente pela Caixa. O restante do montante é proveniente das Loterias, monopólio da instituição financeira, por meio da  Lei Agnelo/Piva, com distribuição de 2% da arrecadação bruta de todas as loterias federais ao COB e ao Comitê Paralímpico do Brasil (CPB).

Participaram da assinatura do contrato, o presidente de COB, Paulo Wanderley, e o chefe da Caixa, Carlos Vieira. O evento na sede da instituição na Asa Sul teve presença de autoridades de confederações esportivas e de atletas olímpicos, como o brasiliense Caio Bonfim, prata na marcha atlética em Paris-2024, e Rafael Silva, o Baby, judoca três vezes medalhista no megaevento, e outros. 

O principal objetivo do patrocínio é potencializar as conquistas em Los Angeles-2028. No entanto, o calendário prevê outras competições importantes como “aquecimento”, como Jogos Olímpicos de Inverno Milão-Cortina 2026, Jogos Pan-Americanos de Lima-2027, além de Jogos Sul-Americanos, competições de base e de e-Sports. 

Para o presidente do COB, Paulo Wanderley, apoio ajuda a expandir a entidade. "Percebo que o esporte olímpico está sendo mais falado e o Comitê Olímpico, mais conhecido. Quero levar a entidade para a população como um todo, para um interior do país e para as pessoas que não vivenciam o esporte", destaca.

Chefe do banco, Carlos Vieira enxerga o patrocínio como apoio à sociedade. "A Caixa tem vocação social muito profunda. Patrocinamos da base ao topo, do esporte olímpico e do paralímpico. É a chance de darmos oportunidade para que os brasileiros possam ter cidadania por meio do esporte", enxerga.

O anúncio do novo patrocínio foi feito em meio à corrida eleitoral no COB. Atual presidente, Paulo Wanderley Teixeira busca a reeleição e tem como vice Alberto Maciel Júnior. Os adversários políticos dele são Marco Antônio La Porta e Yane Marques, medalhista de bronze do pentatlo moderno na Olimpíada de Londres-2012.

Ampliar o leque de parceiros tem sido uma das marcas do COB nos últimos anos. Para os Jogos de Paris-2024, a entidade teve apoio de 21 marcas de diferentes setores, como telefonia, medicamentos, vestuário, aviação, energia, educação e outros. 

Na Olimpíada da França, Paulo Wanderley e Carlos Vieira, presidente da Caixa, estreitaram os laços. O chefe da instituição financeira foi convidado pelo COB para acompanhar os Jogos na Cidade Luz.  

A Caixa investe no esporte brasileiro desde 1988. O primeiro incentivo foi à Seleção Brasileira de atletismo. Nas últimas duas décadas, destinou R$ 700 milhões no apoio a mais de 148 mil atletas e pessoas envolvidas em outras modalidades. Até 2023, desenvolveu trabalhos em mais de 92 centros sociais e 20 espaços de excelência em todo o país. As Confederações Brasileiras de Atletismo (CBAt), Ginástica (CBG) e o Comitê  Paralímpico Brasileiro (CPB) foram algumas das mais beneficiadas.

A instituição também se orgulha da participação direta na evolução dos resultados do país nos Jogos Olímpicos de Paralímpicos. Uma das especialidades do Brasil hoje em Olimpíadas, a ginástica contabiliza 10 medalhas em cinco edições, com apoio da Caixa em cinco edições. Antes, em 28 disputas, não havia subido ao pódio nenhuma vez. 

Outro case de sucesso da dobradinha Caixa e esporte é a Paralimpíada. Em Tóquio-2020, o país havia feito a melhor campanha, com a sétima colocação e 72 conquistas. Em Paris-2024, quebrou todos os recordes, com a inédita quinta colocação e 89 medalhas — 25 de ouro, 26 de prata e 38 de bronze.

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