Depois de mais de uma semana, o jogo entre Fluminense e São Paulo, pelo Brasileirão, no Maracanã, segue dando o que falar. O lance que originou o primeiro gol do Tricolor, marcado por Kauã Elias, é a grande discussão do momento no futebol brasileiro.
O São Paulo alega que o lance em que o árbitro Paulo César Zanovelli aplica a lei da vantagem para o Fluminense. No entanto, Thiago Silva para a bola com as mãos para cobrar a falta, mas deveria ter sido revisado em favor do time paulista. A jogada prosseguiu e o Flu abriu o placar com Kauã Elias. O VAR chegou a chamar Zanovelli para revisar, mas o árbitro seguiu com a decisão de campo e manteve o gol. O Fluminense venceu a partida por 2 a 0.
Diante disso, o São Paulo vai acionar o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) para pedir anulação da partida. Entretanto, o presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, em entrevista ao “O Globo”, disse que o clube paulista não tem fundamento para essa medida.
“Tenho 25 anos de experiência na Justiça Desportiva e posso afirmar que não existe qualquer fato ou fundamento jurídico que justifique essa medida ajuizada pelo São Paulo. O São Paulo não tem razão em seu pedido porque não houve qualquer erro de direito no caso em questão que justifique anulação da partida”, afirmou Mário antes de complementar.
“Aliás, não houve erro de direito, de fato ou qualquer prejuízo ao São Paulo no referido lance. Para que se anule uma partida por erro de direito, além da comprovação do erro (que não houve neste caso), se faz necessária a interferência direta no resultado, o que também não ocorreu.”
O presidente do Fluminense, aliás, esclarece que uma possível anulação da partida pode abrir uma jurisprudência temerária para o futebol brasileiro.
“Nós confiamos que o Tribunal não deixará essa medida prosperar e prestigiará o resultado conquistado de forma justa dentro de campo, evitando abrir um precedente perigoso para a estabilidade da competição”, finalizou o presidente.
Árbitro não deixa claro a marcação em Fluminense x São Paulo
Após divulgação do áudio pela CBF, o árbitro Paulo Cesar Zanovelli não deixa clara a sua marcação. Primeiramente, ele afirma a Igor Junio Benevenuto, que estava como árbitro de vídeo, que deu a vantagem. Depois, ao rever o lance no monitor, afirma ter marcado a falta.
“Eu ia dar a vantagem, o jogador (Thiago Silva) para e bate a falta. Eu dou sinal de falta. Vamos seguir. Eu dei a vantagem, eu segui. É gol legal, tá, Igor (Junio Benevenuto, o VAR)?’, afirma ele, antes de se afastar do monitor”, disse.
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