O Ministério da Defesa prestou homenagem nesta sexta-feira (6/9) aos atletas militares que representaram e levaram o Brasil para o pódio nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. O ministro José Múcio Monteiro recepcionou os esportistas na sede do órgão em Brasília, antes da participação deles no desfile do Dia da Independência, neste sábado (7/9).
A cerimônia contou com a presença de 32 atletas que fazem parte do PAAR, Programa Atletas de Alto Rendimento. Dentre estes, estavam quatro medalhistas de bronze, Daniel Cargnin, Edival Marques, Guilherme Schmidt e Jade Barbosa, e um de prata, Caio Bonfim. Os esportistas foram consagrados com moedas concedidas pelo Ministro e oficiais do Exército.
O PAAR é uma parceria das Forças Armadas com atletas olímpicos, desenvolvida com apoio do Ministério da Defesa. Por meio do alistamento voluntário, os esportistas integram o Exército Brasileiro e, em troca, recebem alguns auxílios, como financeiro e estrutura para treinamento da modalidade que praticam.
“Como a maioria das pessoas periféricas, eu tinha o sonho de me tornar militar. Quando eu entrei no PAAR minha vida mudou completamente. Ter meu carro para ir para o treino melhorou meu rendimento” desabafou a atleta de levantamento de peso, Laura Amaro.
Prata na maratona olímpica de Marcha Atlética, Caio Bonfim foi o porta-voz dos companheiros e foi responsável por discursar no evento. “As atividades militares sempre caminharam junto aos esportes”, abriu a fala o atleta. Em nome dele e dos colegas, agradeceu ao apoio do Ministério e das Forças Armadas pelos investimentos direcionados ao crescimento do esporte.
Caio explicou que o reconhecimento se materializa com as moedas que receberam. “As nossas conquistas não vieram por acaso, são reflexos de anos de dedicação, superação, alegria e tristeza. Muitas vezes longes das famílias, outras sozinhas com nossas angústias, mas certos que valeu a pena a luta diária para nos tornar melhores atletas”, completou.
Jade Barbosa foi um dos principais nomes nos últimos Jogos Olímpicos. Aos 33 anos e com quatro Olimpíadas no currículo, a ginasta conseguiu levar o Brasil ao pódio inédito na disputa por equipes, com o bronze. Após a cerimônia, ela comentou que a conquista significa mais que a medalha, que é uma maneira de inspirar e impulsionar novos atletas. “Nós conseguimos unir brasileiros e criar um propósito.Com isso a gente consegue ver resultados. Na minha modalidade, teve um alto número de inscrições no meu clube, está cheio de crianças novas”, explicou ela.
Para Jade, o que levou a equipe brasileira a ser a terceira melhor do mundo em Ginástica Artística foi o trabalho individualizado junto a experiência. " Todas nós passamos por muitas coisas, esse era um dos nossos diferenciais durante a final por equipes, porque muitas lutaram ali por décimos. Então, por mais que tenham acontecido coisas difíceis durante a competição, nós conseguimos nos adaptar rápido porque nós treinamos ser resilientes", completou a fala.
Todos os atletas que estavam presentes na cerimônia sem acesso ao público, irão desfilar nas ruas Esplanada dos Ministérios, decoradas de verde e amarelo, neste sábado (7/9). Após o evento, eles se deslocaram para o Quartel-General do Exército para ensaiar para a celebração.
*Estagiária sob a supervisão de Marcos Paulo Lima.
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