O Brasil garantiu mais três medalhas de prata em diferentes categorias da natação, pelas Paralimpíadas de Paris-2024. Nesta quinta-feira (5/9), o destaque ficou com Carol Santiago. Em terras parisienses, a nadadora pernambucana disputou a sexta final. Em cinco delas, terminou com alguma posição no pódio.
Na prova da vez, os 100m peito da categoria SB12, para atletas com deficiência visual, Carol conquistou a segunda medalha de prata da versão atual das Paralimpíadas. A outra veio no revezamento 4x100m livre VI misto. As outras três, em contrapartida, foram todas de ouro: 100m costas na categoria S12; 100m livre, na mesma categoria; e 50m livre, na categoria S13.
Na prova desta quinta, com 1:15.62, ela ficou à frente da chinesa Jietong Zheng, que registrou 1:20.03. A medalha de ouro, todavia, ficou com a alemã Elena Krawzow. Com o tempo de 1:12.54, inclusive, a europeia bateu o recorde mundial da prova.
"Estou muito feliz, Sinto que a gente fez por merecer, esse momento. Nos dedicamos muito, eu e a minha comissão técnica. Até quase meio segundo antes da prova estava lá, ralando. Só tenho a agradecer, a todos que estiveram comigo", disse ela, ao SporTV, após a prova.
"Não posso deixar de agradecer a minha comissão técnica, os meus patrocinadores, o meu estado Pernambuco, a minha família, e ao Mizael, presidente do CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro), por proporcionar tudo, tudo o que nós estávamos precisando, para que essa vitória fosse possível. Muito obrigada a todos pelas mensagens, pela força. Esse foi o melhor momento da minha vida, com certeza", complementou ela.
Um pouco mais cedo, Talisson Glock, pela categoria S6, para atletas com nanismo ou amputações nos dois braços ou com dificuldade moderada de coordenação num dos lados do corpo, também garantiu a prata. Com tempo de 1:05.27, ele superou o francês Laurent Chardard por apenas um milésimo. O atleta da casa computou - 1:05.28. Enquanto isso, o vencedor foi o italiano Antonio Fantin, com 1:03.12. A medalha conquistada por Glock foi a 60º do Brasil nas Paralimpíadas de Paris-2024.
"Fico muito feliz. Tinha medalhado nessa prova em Tóquio. Sabia que ia ser tudo ou nada nessa final. Não sabia o que ia acontecer, mas dei tudo de mim e agora é descansar que ainda tem 400m", disse ele, ao SporTV.
Na categoria S8, para atletas com falta de coordenação motora de baixo grau, Cecília Araújo complementa o 'trio prateado' na natação. Na disputa dos 50m livres, a atleta do Rio Grande do Norte acabou superada pela britânica Alice Tai, que registrou 29.91, mas garantiu a segunda posição . O terceiro lugar ficou com Viktoriia Ishchiulova, atleta do comitê dos Paralímpicos Neutros. Ela computou 30.79. A brasileira, enquanto isso, teve tempo de 30.31.
"Fico muito feliz pela medalha, claro, mas, pelo resultado, nem tanto. Vou aproveitar o momento, estar no pódio, e agradecer, mas nós sempre queremos mais. Estou insatisfeita como profissional, mas feliz por poder estar aqui. A gente sempre quer mais, mas, é o que deu. Fiz o meu melhor hoje", disse ela, também ao SporTV.
"Nesse ciclo pós-Jogos de Tóquio-2020 fui campeã mundial em duas oportunidades, e, nesse ano, queria estar no topo do pódio, é claro. Treinei e me dediquei, por isso fico um pouco insatisfeita. Sabe aquele metade-metade? Mas é isso, estamos no pódio, mais uma medalha para o Brasil, e eu fico feliz com isso. Fiz o meu melhor hoje, dei tudo o que tinha", complementou Cecília.
*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima
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