NATAÇÃO

Conheça Ágatha Amaral, uma das joias da natação de Brasília

Moradora de Águas Claras, atleta de 16 anos embarca hoje para o primeiro Campeonato Sul-Americano da categoria adulta, em Cáli, na Colômbia

A presença de Ágatha Amaral no Campeonato Sul-Americano de Cáli evidencia a renovação do time feminino da natação do Brasil neste ano -  (crédito: Daniel Oshiro)
A presença de Ágatha Amaral no Campeonato Sul-Americano de Cáli evidencia a renovação do time feminino da natação do Brasil neste ano - (crédito: Daniel Oshiro)

A três dias da largada das provas de natação no Campeonato Sul-Americano de Esportes Aquáticos, uma promessa brasiliense embarca, hoje, para Cáli, na Colômbia, local da primeira competição do ciclo até os Jogos Olímpicos de Los Angeles-2028. Ágatha Amaral dá adeus à categoria juvenil e estreia como “gente grande” nas piscinas Hernando Botero O’Bryne. A moradora de Águas Claras participará nos 400m medley e 1.500m livres.

Além de ser a única brasiliense na natação, Ágatha é a segunda caçula da equipe. Aos 16 anos, é só um ano mais velha do que a companheira Ana Júlia Amaral. Apesar da pouca idade, três quartos da vida da brasiliense foram vividos nas piscinas. “Comecei a competir com 5 anos, por influência da minha irmã. Ela parou de nadar para se formar em medicina, mas eu continuei”, conta, ao Correio.

As primeiras braçadas de Ágatha foram dadas na piscina do Colégio La Salle de Águas Claras. O Complexo Aquático Cláudio Coutinho, o Defer, também faz parte da carreira. No Elefante Branco, conquistou o primeiro pódio, nos 50m peito do Festival das Escolas de Natação.

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O currículo de Ágatha também dispersa a jovialidade, pois, aos 12 anos, bateu o recorde do Distrito Federal nos 400m medley, uma das especialidades dela. Faturou títulos de todos os campeonatos brasileiros da categoria, assim como nos 200m medley.

A história de Ágatha com a Seleção Brasileira começou em 2019, quando competiu, aos 11, na Copa Uana, torneio de categoria de base das Américas. Nadou de braçadas ao obter dois ouros e seguir no radar dos treinadores do time nacional. A brasiliense voltou a fazer parte do time verde e amarelo em 2021, no Sul-Americano Juvenil. Agora, subiu de patamar e se orgulha de competir pela primeira vez na categoria adulta.

“A CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) está investindo muito nos atletas de base no Brasil, espero aproveitar a experiência, que minha presença seja positiva para a equipe e para obter os meus melhores tempos”, deseja Ágatha sobre o campeonato.

Apesar das raízes brasilienses, no ano passado, a nadadora foi federada pelo Esporte Clube Pinheiros (SP). Mas, antes do novo passo na carreira nacional, havia deixado o nome registrado nos Estados Unidos. Em 2022, esteve vinculada ao Blue Dolphins, equipe do estado da Flórida, e teve o tempo nos 200m peito da categoria dela reconhecido como o 10º melhor da liga.

A agenda de Ágatha não para após o fim do Campeonato Sul -Americano, em 3 de outubro. Convocada pela CBDE (Confederação Brasileira de Desportos Escolares) para representar o Brasil no Mundial Escolar Júnior no Bahrein, a brasiliense terá pouco tempo para recuperar o fôlego antes de cair nas piscinas da competição sub-18, entre 23 e 31 de outubro.

Saltos ornamentais

Terminam hoje as disputas dos saltos ornamentais no Campeonato Sul-Americano de Cáli. Nos dois primeiros dias de competição, a Seleção Brasileira obteve sete medalhas. Destaque para o ouro obtido pelos brasilienses Anna Lucia Santos e Rafael Max no trampolim 3m sincronizado misto. O Brasil também comemorou três pratas e dois bronzes na Colômbia. Dos oito atletas convocados para representar o país no torneio, sete treinam em Brasília.

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postado em 27/09/2024 06:00
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