O 10º Relatório Anual da Discriminação Racial no Futebol apontou que os registros de casos de racismo no futebol brasileiro cresceram 38,77% em 2023 na comparação com o ano anterior. O Observatório da Discriminação Racial no Futebol divulgou o documento nesta quinta-feira (26), na sede da CBF.
O trabalho, afinal, foi em parceria com a própria entidade e com o Grupo de Estudos sobre Esporte e Discriminação da UFRGS.
“Esse dado não é só ruim. Também apresenta uma evolução importante, que é uma maior conscientização dos torcedores e dos jogadores. Se a gente tem mais denúncias, é porque a sociedade brasileira está mais atenta a entender o que é racismo e as suas diversas formas de expressão”, destacou o fundador e diretor executivo do Observatório, Marcelo Carvalho.
O documento aponta que 136 casos de racismo foram registrados no Brasil em 2023. Foram 98 no ano de 2022. Os 136 casos em questão estão divididos da seguinte forma: 104 nos estádios; 19 na internet; e os demais 13 foram em outros espaços.
“O aumento dos casos reportados em relação à temporada anterior reforça a gravidade do problema e os desafios persistentes, que urgem, mais do que nunca, ações inovadoras, efetivas e continuadas, de forma a romper com a passividade e a cumplicidade histórica com o racismo”, afirmou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.
O relatório, aliás, também contabilizou incidentes com LGBTfobia, machismo e xenofobia. Ao somar tais casos de preconceito com os de racismo, o número total chega a 195.
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